16 de abril de 2024 Atualizado 20:11

8 de Agosto de 2019 Atualizado 13:56
MENU

Publicidade

Compartilhe

Região

Trabalho de recenseadores tem ameaças e dificuldades na região

Agentes relatam que não são recebidos por moradores, principalmente em Americana

Por Maria Eduarda Gazzetta

12 de agosto de 2022, às 07h01

Os recenseadores do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), responsáveis pela coleta de dados de casa em casa para o Censo Demográfico 2022, relatam dificuldades na abordagem com os moradores de Nova Odessa, Santa Bárbara d’Oeste e, principalmente, de Americana.

A pesquisa começou no primeiro dia de agosto e segue até novembro. Entre os desafios encontrados estão ameaças de moradores, desconfiança e até pessoas que fingem que não estão na residência.

Desconfiança tem atrapalhado os recenseadores – Foto: Junior Guarnieri / LIBERAL

O LIBERAL acompanhou, na manhã desta quinta-feira, uma recenseadora, que não terá seu nome divulgado para preservar sua imagem, no São Manoel, em Americana. De quatro casas que a agente tocou o interfone ou bateu palma, apenas em uma foi atendida.

À reportagem, o supervisor da profissional relatou que em condomínios de prédios, principalmente aqueles que não têm porteiros ou síndicos, na maioria das vezes os moradores rejeitam a entrevista.

“O recenseador interfona para o apartamento, o morador olha pela câmera, vê que é do IBGE e não atende”, comentou o profissional, que também não terá seu nome divulgado.

📲 Receba as notícias do LIBERAL no WhatsApp

O coordenador de área do instituto nos três municípios, Elioenai Wilcesky Tosini Neves, explica que a grande maioria da população recebe bem os profissionais do órgão. No entanto, aqueles que vão contra, chamam a atenção da equipe.

“Nós precisamos recensear todo o município e, de fato, alguns moradores não respondem, seja por ignorância, seja por ideologia política ou por medo de ser golpe”, comenta.

Para abordar o morador, os agentes são treinados a se identificarem com o crachá, pela roupa e pelo número do órgão, mas mesmo assim, muitos não têm sucesso. “No Parque da Liberdade [em Americana], uma recenseadora não foi recebida e o morador ainda jogou um balde de água nela.

No Zanaga, o agente estava realizando a pesquisa em uma casa e um homem, vizinho, quis saber o que estava acontecendo. Ele saiu gritando na rua que não era para os moradores responderem, que aquilo se tratava de um golpe e que o profissional iria roubar as informações da população”, disse Elioenai.

Publicidade