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Região

Sumaré lidera em número de CNHs suspensas este ano na RPT

Cidade teve 1.952 motoristas impedidos de dirigir entre janeiro e outubro deste ano, o maior número entre as cidades da RPT

Por Luciano Bianco

15 de dezembro de 2019, às 09h13

Foto: Sebastião Gomes/ GERJ
Os dados são do Detran-SP (Departamento Estadual de Trânsito do Estado de São Paulo) e foram fornecidos a pedido do LIBERAL

Sumaré liderou na RPT (Região do Polo Têxtil) em quantidade de CNHs (Carteira Nacional de Habilitação) suspensas de janeiro a outubro deste ano. Foi ainda a cidade que apresentou o maior aumento no número de motoristas que perderam a carteira de um ano para o outro.

Os dados são do Detran-SP (Departamento Estadual de Trânsito do Estado de São Paulo) e foram fornecidos a pedido do LIBERAL. De janeiro a outubro deste ano, 1.952 motoristas sumareenses tiveram a CNH suspensa, número 14% maior do que o registrado no mesmo período do ano anterior, que teve 1.713 suspensões.

A executiva de vendas Camila Mendes Sanches, de 29 anos, foi pega de surpresa no início de 2018 ao descobrir que havia estourado o número de pontos. Ela tinha mudado de casa e os avisos do Detran foram enviados para o outro endereço. Com isso, só tomou conhecimento quando baixou o aplicativo do órgão no celular e verificou seus pontos.

Algumas das infrações cometidas foram trafegar em São Paulo no horário de rodízio, excesso de velocidade e uso de celular ao volante.

“Eu nem sabia que tinhas as multas. Como eu trabalho com o meu carro, eu precisei recorrer a um advogado, que entrou com a ação. Eu não tive a carteira cassada e agora está correndo o processo. Estou usando minha carta, já fui parada em comando (da polícia) e não falaram nada”, afirmou Camila.

De acordo com o Detran, o condutor tem a CNH suspensa quando soma ou excede 20 pontos dentro de 12 meses, ou se cometer uma única infração gravíssima cuja penalidade prevista no CTB (Código de Trânsito Brasileiro) seja a suspensão. São casos de embriaguez ao volante, excesso de velocidade acima de 50% do limite máximo, pilotar moto sem capacete, praticar racha, entre outros.

O cidadão é notificado por carta e via publicação no Diário Oficial pelo Detran sobre a abertura do processo. O período de suspensão da CNH vai depender do histórico do motorista e da gravidade das infrações, podendo ser de seis meses a dois anos.

Para reaver a carteira, o condutor deve fazer um curso de reciclagem de 30 horas. O motorista tem o direito de recorrer em três instâncias.

Segundo a advogada Rafaela Camargo Whey, especialista em casos de suspensão, a carteira do motorista fica “protegida” durante o período de recurso, que pode durar até oito meses. Entretanto, caso a pessoa receba uma nova multa antes da conclusão do processo, a CNH será cassada.

“(Neste caso) Perde o direito de dirigir por dois anos. Depois tem que se reabilitar. É uma penalidade mais grave do que a suspensão”, explica Rafaela.

 

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