16 de abril de 2024 Atualizado 17:53

8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
MENU

Publicidade

Compartilhe

Febre Amarela

Santa Bárbara tem menor cobertura vacinal da região

Apenas 32,8% dos moradores do município estão protegidos contra a doença, segundo Secretaria Estadual da Saúde

Por Valéria Barreira

15 de junho de 2019, às 08h57 • Última atualização em 15 de junho de 2019, às 09h38

Foto: João Carlos Nascimento - O Liberal.JPG
Vacina está disponível em unidades de saúde dos municípios

Santa Bárbara d´Oeste é o município da RPT (Região do Polo Têxtil) com o menor índice de cobertura vacinal contra a febre amarela. Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde, apenas 32,8% dos moradores do município estão protegidos contra a doença.

No total, dez municípios pertencentes ao Departamento Regional de Saúde (DRS) de Campinas ainda precisam aumentar a cobertura vacinal contra a febre amarela. Entre eles, além de Santa Bárbara, também estão outras três cidades da RPT: Americana, Hortolândia e Sumaré (veja quadro). Nova Odessa não aparece na lista por já ter alcançado o índice de 100%.

A Prefeitura de Santa Bárbara diz que até 2017 a cidade esteve fora dos municípios do Estado de São Paulo classificados como Área Com Recomendação de Vacinação Contra Febre Amarela, e a vacina só era aplicada em pessoas que iriam se deslocar para municípios com recomendação para imunização.

Com a ampliação da cobertura para toda a população, a prefeitura informa que a vacina passou a estar disponível em treze unidades de saúde. Segundo a administração municipal, nas crianças o índice de cobertura vacinal chega a 77,1%, considerando que a vacina integra o calendário básico e é aplicada a partir dos nove meses de idade.

NECESSIDADE. Até 3 de junho de 2019, foram confirmados 66 casos autóctones de febre amarela silvestre no Estado e 12 deles evoluíram para óbitos, incluindo um registrado na região de Campinas, em Serra Negra. No ano passado, a região registrou 126 casos e 46 óbitos, sendo que o município de Atibaia concentrou 9,5% dos casos de todo o Estado, o segundo município mais impactado pelo vírus em SP.

A médica Helena Sato, diretora técnica de imunização da Secretaria Estadual de Saúde, chama a atenção para a importância da imunização. Ela lembra que a vacina é dose única e diz que “todo momento é momento para se vacinar”, mas nos meses de inverno o Estado intensifica as campanhas para que no verão, período de maior circulação dos vírus, a população esteja protegida.

Desde 2016, a secretaria intensificou as ações de enfrentamento da febre amarela no Estado, por meio de monitoramento dos corredores ecológicos, vigilância epidemiológica e vacinação. Até o momento foram mais de 30 milhões de pessoas vacinadas. As doses estão disponíveis em todos os municípios paulistas, nas unidades básicas de saúde.

Quem pode tomar a vacina?

A vacina contra a febre amarela é liberada para toda população. Ela faz parte do calendário básico e e deve ser tomada pelas crianças já a partir dos 9 meses. Ela não é indicada para grávidas, mulheres amamentando crianças com até 6 meses e imunodeprimidos. Portadores de HIV, pacientes em tratamento quimioterápico concluído e idosos devem consultar um médico antes de se vacinar.

Publicidade