A RPT (Região do Polo Têxtil) teve saldo positivo de 5.251 postos de trabalho entre janeiro e agosto deste ano. Em comparação com o mesmo período de 2018, o saldo é três vezes maior – haviam sido criadas 1.732 vagas.

Os destaques são os setores de serviços (3.130 postos) e comércio (827). A agropecuária aparece em terceiro lugar (567), seguida da indústria (458).

Em agosto, o saldo foi positivo em todas as cidades – Americana abriu 165 vagas; Hortolândia registrou 17; Nova Odessa teve saldo de 75 postos; Santa Bárbara d’Oeste abriu 39 e Sumaré teve alta de 562 empregos. Na soma das cinco cidades, foram 858 postos de trabalho no mês passado.

Professor de economia da PUC (Pontifícia Universidade Católica) de Campinas, Cândido Ferreira da Silva Filho alertou que os salários dos empregos que estão sendo gerados estão mais baixos, mas comemorou os números.

“O desemprego está alto no país e esses números na região são um alento. É bom e mostra a vitalidade da nossa região”, avaliou. “Vejo uma recuperação lenta da economia, até o final do ano vai gerar empregos, mas ainda pouco para a necessidade do país”.

Professor de economia e pesquisador do Centro Mackenzie de Liberdade Econômica, Ulisses Ruiz de Gamboa disse que os números são bons, mas é preciso vê-los com cautela.

Ele citou, como exemplo, que o Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) indica que a maior parte dos empregos que vêm sendo gerados são informais.

“Os trabalhadores admitidos também estão ganhando 9% a menos do que os demitidos. É uma boa notícia, claro, mas temos que relativizar um pouco, acho que não dá para falar ainda de uma tendência. A indústria, que é um importante empregador, tem tido um comportamento errático se olhar mensalmente. Diria que o ambiente econômico está um pouco melhor, mas não sei se isso se sustenta”, ponderou.