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Economia

Região tem o melhor mês para importações desde início do ano

Índice é 43% maior do que agosto, sendo que na comparação com setembro de 2019 aumento foi de 10%

Por Marina Zanaki

22 de outubro de 2020, às 08h08

A RPT (Região do Polo Têxtil) registrou em setembro o maior valor em importações desde o início do ano. Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, as cinco cidades importaram US$ 249 milhões durante o mês passado.

O índice é 43% maior do que agosto. Na comparação com setembro do ano passado, houve crescimento de 10%. Quatro cidades tiveram saldo positivo, e Santa Bárbara ficou estável.

As importações são um termômetro da atividade industrial, já que estão ligadas à compra de matéria-prima para a indústria. Alguns dos destaques na região foram produtos químicos, borracha, turborreactores, turbopropulsores e turbinas a gás.

O professor Paulo Oliveira, economista do Observatório PUC-Campinas, analisou que esses produtos são relacionados à indústria, portanto o aumento nas importações indica uma maior atividade do setor.

Já a venda de produtos na região para o exterior caiu 2% em relação a agosto e 42% na comparação com setembro do ano passado.

O economista, que analisou a balança comercial em toda a RMC (Região Metropolitana de Campinas), disse que dois setores estão se destacando nas exportações mesmo diante da atual crise global.

O primeiro é o setor de automóveis. Houve aumento de 101% nas exportações em setembro em relação a agosto.

O segundo são bens mais básicos e associados à agricultura. Como exemplo, ele citou o algodão, que teve crescimento de 121% no ano.

O economista informou que a tendência é de maior exportação de produtos de complexidade mais baixa, como o algodão, e que a crise tem afetado os itens mais industrializados. Um dos efeitos negativos dessa composição é a queda histórica da participação da RMC nas exportações do Estado, que está em 7,2%, o mais baixo dos últimos 10 anos.

“As regiões mais industrializadas como a nossa vão sofrer um impacto bem maior porque produzem bens mais complexos. Isso preocupa, porque são os produtos associados a melhores empregos, geração de renda e inovação”, explicou o economista.

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