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Epidemia

Região tem 41 casos de dengue positivos por dia desde início do ano

As cinco cidades da Região do Polo Têxtil registraram 7.126 casos confirmados da doença

Por Marina Zanaki

20 de junho de 2019, às 10h02 • Última atualização em 20 de junho de 2019, às 10h26

A RPT (Região do Polo Têxtil) tem 7.126 casos de dengue positivos desde o início do ano, o que equivale a 41 confirmações por dia no período de 1° de janeiro até 19 de junho. A cidade que lidera no número de ocorrências é Americana, com 3.254 pessoas infectadas, segundo boletim divulgado nesta quarta-feira pela Vigilância Epidemiológica.

A segunda cidade da região com mais casos é Sumaré, que confirmou 1.450 pacientes com a doença. Santa Bárbara d’Oeste teve 1.267 positivos. Nova Odessa e Hortolândia registraram, respectivamente, 668 e 487. Os dados foram informados pelas prefeituras esta semana, e apenas Sumaré não atualizou os números desde segunda-feira, mesmo após pedidos da reportagem do LIBERAL.

Em Americana, a quantidade de casos saltou de 2.856 para 3.254 em uma semana, um aumento percentual de 13%. O bairro com mais casos segue sendo o Antônio Zanaga, com 254 confirmados até agora. Jardim América 2 e Jardim da Paz aparecem, cada um, com 101 casos.

A região confirmou três mortes provocadas pela doença, todos pacientes do sexo feminino e que contraíram o vírus tipo 2. As vítimas foram uma adolescente de 15 anos que morava em Hortolândia, uma mulher de 48 anos de Americana e uma idosa de 74 anos que residia em Santa Bárbara d’Oeste.

Os meses com mais notificações em Americana são abril (1.519 casos positivos), maio (976) e março (653). Junho até o momento tem 10 casos confirmados. Contudo, as notificações ainda estão sendo processadas – em maio, por exemplo, ainda faltam cerca de 200 fichas para serem processadas.

Com o início do inverno nesta sexta-feira, a tendência é que a dengue perca força na região. Segundo o infectologista Arnaldo Gouveia Junior, do Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi, a sazonalidade da doença está diretamente ligada às altas temperaturas.

“Quando cai a temperatura, os insetos adultos morrem mais rápido. Quando cai abaixo de 10 graus, a vida deles encurta muito. Mas o ovo fica lá por seis meses. Em compensação, aumentam os carrapatos”, alertou. “Pessoal fica com a dengue na cabeça e não fica atento para perguntar de carrapato e medicar na menor suspeita (de febre maculosa).”

O profissional lembrou dos 11 casos de febre maculosa registrados no ano passado na cidade, que resultaram em nove mortes. Apesar de terem evoluções diferentes, a febre maculosa e a dengue podem ser confundidas no início – isso pode ser fatal, já que a doença transmitida pelo carrapato precisa do uso de antibiótico o mais rápido possível. Em 2019, um homem morreu com febre maculosa na cidade.

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