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Balança comercial

Região do Polo Têxtil tem ano com a menor exportação desde 2003

Região vendeu 642 milhões de dólares ao exterior no ano passado, uma queda de 36% em relação a 2019

Por Marina Zanaki

26 de janeiro de 2021, às 07h28 • Última atualização em 26 de janeiro de 2021, às 09h42

A RPT (Região do Polo Têxtil) exportou 642 milhões de dólares em produtos no ano de 2020. O montante é o menor desde 2003, quando foram exportados 604 milhões, e evidencia também a grave crise vivida pela região em função da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

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Percentualmente, houve uma redução de 36% nas exportações em relação a 2019, quando as vendas para o exterior foram de 1 bilhão de dólares. Essa é a maior queda percentual no período. A segunda maior redução percentual nas exportações foi em 2009, quando as vendas para o exterior recuaram 33%.

Confira os valores em dólares no ano passado na Região do Polo Têxtil – Foto: Editoria de Arte / O Liberal

Professor de Economia e membro do Observatório da PUC (Pontifícia Universidade Católica) de Campinas, Paulo Ricardo da Silva Oliveira explica que a crise desencadeada pela pandemia afeta de forma intensa o setor industrial. Como a região tem na indústria um dos principais pilares da economia, está sofrendo de forma intensa.

“No contexto de uma crise como essa, que afeta diretamente a produção, todos os países vão reduzir sua produção industrial e consequentemente o consumo. Porque o comércio não é só de bens finais, você tem bens intermediários que são da produção industrial em outros países”, analisa sobre o tema.

A crise afetou a demanda em todos os países, incluindo os principais parceiros da região, como os Estados Unidos e Argentina.

“O que temos é uma crise sem precedentes, que afeta diretamente a produção. Impede que as pessoas produzam, porque produzir gera aglomeração. Isso explica o resultado tão ruim e a queda de 22% nas exportações da Região Metropolitana de Campinas” disse o economista.

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Em Americana, o principal item exportado é a categoria pneumáticos novos, de borracha, respondendo por 51% das vendas ao exterior. Foram vendidos 92,3 milhões no ano passado, uma diminuição de 27% em relação a 2019.

Americana está na 55ª posição no ranking de cidades com mais exportação no Estado, uma queda de duas posições em relação a 2019.

Santa Bárbara despencou da 52ª posição no ranking das exportações para 121ª. A principal categoria de exportação é a chamada instrumentos e aparelhos para regulação ou controle, automáticos. Esses produtos caíram 19,9% – foram vendidos 21,5 milhões de dólares em 2020.

Nova Odessa caiu da 83º lugar no ranking de exportações do Estado em 2019 para o 127º em 2020. Sumaré estava na 26ª posição no ranking de exportações e caiu para 39ª. Hortolândia foi da 119ª para a 142ª.

Importação
As importações na RPT (Região do Polo Têxtil) cresceram 35% em dezembro na comparação com o mesmo mês do ano passado. As cinco cidades da região compraram 255 milhões de dólares em produtos no último mês de 2020. No ano, as importações foram de 2,3 bilhões, uma queda total de 6% em relação a 2019.

Para o economista Paulo Ricardo da Silva Oliveira, do Observatório PUC-Campinas, o aumento nas importações em dezembro é um indicador positivo do reaquecimento da produção industrial.

“Nossa indústria é altamente dependente da importação de insumos externos, produzidos fora do Brasil. Vimos que a queda na importação foi menor e em dezembro teve até aumento significativo nas importações. É um sinal que a produção interna está respondendo positivamente nos últimos meses de 2020”, analisou.

Podcast Além da Capa
São 11 novos vereadores em Americana a partir deste ano na comparação com a legislatura que terminou em 2020. Falamos sobre o desenho que se apresenta na atuação dos parlamentares e a relação com a pandemia da Covid-19 nesse contexto.

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