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Covid-19

Região de Campinas tem recorde de óbitos por Covid-19 registrados em 24h

Departamento Regional de Saúde de Campinas registrou 174 mortes pela doença nesta terça-feira; número de casos fatais é o maior observado desde o início da pandemia

Por Leonardo Oliveira

07 de abril de 2021, às 07h45

O DRS-7 (Departamento Regional de Saúde) de Campinas registrou, nesta terça-feira, 174 mortes pelo novo coronavírus (Covid-19). Esse é o maior número de óbitos observados em um período de 24 horas desde o início da pandemia.

Antes, o recorde era o do dia 27 de março, quando 147 pessoas perderam a vida por causa da doença nos 41 municípios parte do DRS-7 (Departamento Regional de Saúde) de Campinas, incluindo as cinco cidades da RPT (Região do Polo Têxtil). Os dados são do Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados).

Algumas cidades, como Americana, divulgaram nesta terça os boletins com números represados, ou seja, acumulados durante o feriado. Ao LIBERAL, a assessoria da Secretaria de Saúde do Estado confirmou que os dados desta terça, da região, são atuais e refletem o momento grave da pandemia de coronavírus.

O LIBERAL havia noticiado nesta segunda que a média móvel de internações havia caído pela primeira vez desde fevereiro na região e que isso não significava, necessariamente, uma recuada na curva de contaminações e mortes.

A taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) na região tem se mantido alta – ela era de 89,7% nesta terça. Já houve momentos em que a ocupação chegou a 94%, mas teve uma diminuição devido a criação de mais unidades de alta complexidade.

Em entrevista, o médico Francisco Hideo Aoki, da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), afirmou que o recorde de mortes nesta terça é reflexo de um aumento exponencial de casos que vem ocorrendo desde o mês passado e das infecções atingirem, predominantemente, os mais jovens.

“Esses de faixa etária mais baixa teoricamente são mais resistentes às gravidades das doenças, portanto ocupam mais [por mais tempo] as Unidades de Terapia Intensiva e colaboram muito para a lotação de todos os serviços de saúde”, defendeu.

A situação tem gerado um desgaste nos funcionários da saúde, diz Aoki. “É uma situação muito dramática aqui, o que leva a exaustação dos profissionais da saúde, porque não param de chegar pacientes graves”, finaliza.

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