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Covid-19

Região de Campinas atinge taxa de ocupação de UTI equivalente à fase vermelha

No domingo, Departamento Regional de Saúde de Campinas alcançou 75% dos leitos intensivos ocupados

Por Marina Zanaki

01 de março de 2021, às 16h28 • Última atualização em 01 de março de 2021, às 21h06

O Departamento Regional de Saúde de Campinas, do qual Americana e outros 41 municípios fazem parte, atingiu ocupação de leitos de UTI (Unidades de Terapia Intensiva) Covid equivalente à fase vermelha.

O parâmetro do Plano São Paulo é de 75% dos leitos ocupados para passar à fase mais restritiva, índice que foi atingido pela região no sábado. Nesta segunda-feira, a ocupação já está em 77%.

Os dados foram levantados junto ao portal da Fundação Seade, que atualiza dados da pandemia em todo o estado e serve como base para as reclassificações do Plano SP.

A região de Campinas recuou da fase amarela para a fase laranja na reclassificação de sexta-feira. Na ocasião, os leitos estavam com 73% de ocupação, mas o limite de 70% que a colocaria na fase laranja já havia sido alcançado no domingo anterior (dia 21 de fevereiro).

A Secretaria de Desenvolvimento Econômico informou que não consegue antecipar se haverá novas reclassificações esta semana e que essa informação só pode ser confirmada no dia da própria coletiva de imprensa do governador João Doria (PSDB).

No ano passado, a ocupação limite para passar à fase vermelha era de 80%. Contudo, em janeiro o Centro de Contingência propôs reduzir esse percentual para evitar o colapso do sistema de saúde, considerando que 80% já era uma ocupação muito alta para leitos de UTI. O limite então caiu para 75%.

Gravidade
A região ainda registra 149 novas internações no dia e apresenta uma variação semanal de aumento de 19,7% nas hospitalizações.

Os demais parâmetros que definem a classificação no Plano São Paulo ainda estão abaixo inclusive da fase laranja, na qual a região já está classificada. A região de Campinas tem 40,3 novas internações, 299,8 casos e 6,8 mortes, sempre nos últimos 14 dias por 100 mil habitantes.

Secretário de Estado da Saúde, Jean Gorinchteyn disse que a segunda onda da pandemia característica clínica diferentes da primeira onda, com pacientes dando entrada com mais gravidade no sistema de saúde e passando mais tempo internados.

Gorinchteyn revelou que o período médio de internação de pacientes com coronavírus saltou de 7 a 10 dias no ano passado, para 14 a 17 dias este ano.

“Pacientes mais jovens, entre 30 e 50 anos, e com condição clínica mais comprometida. Pior, acabam permanecendo período muito mais prolongado em terapia intensiva em relação à primeira onda”, disse o secretário.

“Hoje, 60% estão ocupando unidades de terapia intensiva, e víamos na primeira onda o contrário, 60% das ocupações era nas enfermarias, e só 40% em UTIs”, afirmou Jean.

Ele relacionou o aumento na gravidade da doença às novas variantes do vírus, já identificadas no Estado. Gorinchteyn disse que o governo de São Paulo vai anunciar mais leitos para coronavírus na próxima quarta-feira.

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