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COVID-19

Região amplia orientação e toque de recolher, mas rejeita novas restrições

Cidades da RMC falam em fiscalização “mais rígida” das 20h às 5h, mas não adotam outras medidas como Campinas

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20 de março de 2021, às 08h09 • Última atualização em 23 de março de 2021, às 15h05

O Conselho de Desenvolvimento da RMC (Região Metropolitana de Campinas) decidiu nesta sexta-feira (19), durante reunião entre 19 dos 20 prefeitos, que todas as cidades adotarão um toque de recolher mais rígido para conter a escalada de casos do novo coronavírus (Covid-19).

A medida, em tese, começou na sexta-feira e é válida até 31 de março. A data é a mesma na qual termina a fase emergencial do Plano São Paulo.

A ideia inicialmente divulgada pelo conselho era replicar o modelo implantado pela Prefeitura de Campinas, em vigor desde a última quinta-feira.

No entanto, após o anúncio, prefeituras têm dito que irão aumentar a orientação e a fiscalização, mas rejeitam novas restrições para além do que estipula a fase emergencial do Plano São Paulo. Novas multas também não foram adotadas.

Na mesma reunião, a maioria dos 20 prefeitos foi contra a antecipação de feriados e adoção de um lockdown na RMC.

A decisão levou em consideração a necessidade de avaliar os dados das duas semanas epidemiológicas da fase emergencial. A próxima reunião está marcada para quarta-feira (24), às 9 horas.

Em Americana, a prefeitura vai reforçar as ações de orientação durante o toque de recolher, que começa às 20 horas. Porém, as demais medidas restritivas que estão em vigor na metrópole foram descartadas pelo prefeito Chico Sardelli (PV) neste momento.

De acordo com a nota divulgada pela prefeitura, durante o toque de recolher, serão “reforçadas as ações de orientação promovidas pela Gama, evitando aglomerações e a disseminação do vírus da Covid-19”

Em Campinas, uma das medidas que mais chama atenção são as barreiras sanitárias em diversos pontos. Agentes de segurança de Campinas estão abordando motoristas e questionando o motivo do deslocamento.

“Estamos trabalhando mais na questão da orientação. O nosso efetivo não é tão grande para poder participar ostensivamente de uma ação como essa. Nós somos limitados, visto que a PM [Polícia Militar] não tem feito, então tem sobrado pra Vigilância e pra Gama”, justificou Chico em entrevista ao LIBERAL.

Portanto, o funcionamento dos estabelecimentos em Americana seguirá de acordo com a fase emergencial. Supermercados e padarias, por exemplo, podem funcionar até às 22 horas.

Diferentemente de Campinas. Na cidade vizinha, esses comércios precisam encerrar o atendimento ao público às 20 horas. Na visão de Chico, as cidades da região têm características próprias.

“Entendemos a proeminência de Campinas, a urgência de Campinas. Ela tem as peculiaridades delas e decisões dela. E nós, efetivamente, estamos trabalhando dentro da nossa realidade, das nossas questões”, comentou o prefeito.

Já Santa Bárbara d’Oeste publica neste sábado (20) um decreto no qual reforça as restrições do Plano São Paulo. O prefeito Rafael Piovezan (PV) ressalta a importância da população cumprir o período de restrição da circulação das 20h às 5h.

“Diariamente vamos reavaliar todos os dados relativos à pandemia e, se necessário, vamos adotar novas medidas para conter a transmissão em Santa Bárbara d’Oeste”, disse Piovezan.

Em Nova Odessa, o prefeito Cláudio José Schooder, o Leitinho (PSD) informou que deve intensificar a fiscalização no horário do toque de recolher. A Prefeitura de Sumaré foi questionada pela reportagem, mas não se manifestou.

Questionada, a Prefeitura de Hortolândia informou que se antecipou e já havia decretado medidas mais restritivas. Veículos flagrados trafegando pelo munício entre 22h e 5h estão sujeitos a aplicação de multa.

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