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Emprego

Região acumula o melhor saldo de vagas desde 2013

Foram abertas 5.673 vagas na Região do Polo Têxtil entre janeiro e outubro: o melhor resultado para o período nos últimos seis anos

Por Marina Zanaki

23 de novembro de 2019, às 09h37

Entre janeiro e outubro deste ano, a RPT (Região do Polo Têxtil) acumula um saldo positivo de 5.673 vagas de trabalho. Esse é o melhor resultado para o período desde 2013, ano anterior ao início da crise política e econômica. Os dados foram divulgados na última quinta-feira pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

Todas as cidades registram saldo positivo esse ano. Santa Bárbara d’Oeste lidera com 1.423 postos abertos. Na sequência aparecem Sumaré (1.280 vagas), Hortolândia (1.052) e Nova Odessa (1.010). Americana acumula 908 postos criados nos primeiros dez meses do ano.

O setor que lidera é o de serviços, que abriu 2.836 postos – metade deles em Americana e Hortolândia. Os subsetores que se destacaram são na área médica, odontológica e veterinária (288 vagas em Hortolândia e 231 em Americana); administração de imóveis, valores mobiliários e serviço técnico (362 em Americana) e ensino (171 em Hortolândia e 108 em Americana).

O comércio aparece em segundo lugar na geração de empregos, com 1.394 vagas na região. A indústria teve saldo de 709 postos abertos no ano. O destaque ficou para a indústria de Santa Bárbara, que abriu postos na área têxtil de vestuário (147), metalúrgica (98), mecânica (95) e química, farmacêutica e veterinária (83).

Análise

Professor de economia da Fumep (Fundação Municipal de Ensino de Piracicaba), Francisco Crocomo analisa que o setor de serviços puxou a contratação na região pois as contratações podem estar relacionadas a empregos temporários e terceirizações, inclusive para a própria indústria.

Ele lembrou da possibilidade de terceirizar a atividade-fim das empresas, que ocorreu a partir de decisão do ano passado do STJ (Superior Tribunal de Justiça).

“Eu particularmente não estou vendo projetos que levem empresários a investirem mais e o próprio governo investir. A liberação do Fundo de Garantia foi uma medida paliativa para ganhar fôlego, mas não é uma medida efetiva”, afirmou.

Ele avalia que a situação para a classe trabalhadora é delicada. “Muitas medidas tomadas, como reforma trabalhista e mesmo a reforma da previdência, de uma certa forma tiram muitos direitos. É uma política que não dá segurança e perspectiva para o trabalhador”, declarou.

Secretário de Desenvolvimento Econômico de Nova Odessa, José Mário Moraes comemorou o resultado de nove meses com saldos positivos na cidade. “Mesmo assim, ainda é pouco, pois o desemprego assola o país. Estamos adotando medidas de estímulo a contratações e buscando novas empresas. Vamos ajudar na qualificação profissional, que é outra forma de criar oportunidades”, afirmou.

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