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Covid-19

Prefeituras da RPT seguem Estado e vão manter vacinação de adolescentes

Ministério da Saúde suspendeu e passou a não recomendar a imunização de adolescentes sem comorbidades, mas aplicação das doses segue nas cidades da região

Por Pedro Heiderich

16 de setembro de 2021, às 19h41 • Última atualização em 16 de setembro de 2021, às 21h34

As prefeituras da região contrariaram o Ministério da Saúde, seguiram o Estado e vão manter vacinação de adolescentes contra o novo coronavírus (Covid-19).

O Ministério da Saúde suspendeu e passou a não recomendar a imunização de adolescentes sem comorbidades. Entretanto, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou a vacinação e o Governo do Estado de São Paulo decidiu manter a campanha e orientou os municípios a prosseguirem com a vacinação.

Adolescentes seguirão recebendo a vacina na região – Foto: Marcelo Rocha/O Liberal

A reportagem questionou as prefeituras da RPT (Região do Polo Têxtil) a respeito da situação. Todos os municípios confirmaram alinhamento com o governo estadual. O mesmo aconteceu em Campinas e na capital paulista.

Na quarta-feira (15), o Ministério da Saúde suspendeu a vacinação e passou a orientar que adolescentes sem comorbidades não fossem mais imunizados.

A mudança restringe a vacinação a adolescentes com deficiência permanente, comorbidades, ou que estejam privados de liberdade.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que foram identificados 1,5 mil eventos adversos em adolescentes vacinados, todos de grau leve.

Apesar disso, a Anvisa informou que não vê motivos para a interrupção da vacinação. “Com os dados disponíveis até o momento, não existem evidências que subsidiem ou demandem alterações da bula aprovada, destacadamente, quanto à indicação de uso da vacina da Pfizer na população entre 12 e 17 anos”, disse a agência.

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Os adolescentes começaram a ser vacinados em 18 de agosto no Estado de São Paulo. Segundo o governo, já foram imunizadas cerca de 2,4 milhões de pessoas, ou seja, 72% deste público.

Estado
Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde criticou a decisão do Ministério da Saúde e destacou que adolescentes são vacinados nos Estados Unidos, França, Itália e outros países.

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“A medida cria insegurança e causa apreensão em milhões de adolescentes e famílias que esperam ver os seus filhos imunizados, além de professores que convivem com eles.”

O governo estadual diz ainda que três a cada dez adolescentes que morreram com Covid-19 não tinham comorbidades em São Paulo.

“Infelizmente, e mais uma vez, as diretrizes do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde chegaram com atraso e descompassadas com a realidade dos estados, que em sua maioria já estão com a vacinação em curso”, encerra o texto.

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