Covid-19
Piora dos casos de coronavírus faz Estado endurecer restrições
Se nenhuma medida fosse adotada, em quatro semanas não haveria leitos de UTI para atender os doentes, afirma o governo
Por Marina Zanaki
23 de janeiro de 2021, às 07h45 • Última atualização em 23 de janeiro de 2021, às 19h12
Link da matéria: https://liberal.com.br/cidades/regiao/piora-dos-casos-de-coronavirus-faz-estado-endurecer-restricoes-1419538/
A piora dos casos, internações e mortes pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19) fez o Estado de São Paulo endurecer as restrições em todo o território paulista na reclassificação desta sexta-feira.
A região de Campinas recuou para a fase laranja, mas após as 20h e até as 6h, e aos finais de semana, está na fase vermelha, com funcionamento somente de serviços essenciais. As mudanças valem a partir da próxima segunda e vão até 7 de fevereiro.
O tom da coletiva de imprensa dessa terceira reclassificação no mês foi de alerta. A Secretaria de Saúde trouxe a informação que a cada seis minutos uma pessoa morre por coronavírus no Estado – o dado leva em conta a média diária de 218 novos óbitos verificada na terceira semana epidemiológica deste ano.
Se não fosse tomada nenhuma medida de restrição nesse momento, a Secretaria de Saúde estima que o sistema de saúde de São Paulo poderia colapsar em 28 dias. Na prática, não haveria leitos de UTI disponíveis para atender a todos que ficarão doentes. A afirmação foi feita considerando que, nas duas últimas semanas, foram quase mil novas internações.
O Estado vai instalar 756 novos leitos e reabrir o hospital de campanha de Higienópolis. A Secretaria de Saúde não informou se haverá abertura de leitos na região de Campinas.
A região tinha ocupação de 70,4% dos leitos de UTI Covid-19 nesta sexta e índice de 405,5 novos casos nos últimos 14 dias por 100 mil habitantes, ambos indicadores acima do limite da fase amarela.
Coordenador do Centro de Contingência, Paulo Menezes analisou que a pandemia está em nível próximo do topo da primeira curva, em julho.
“Mas com um grande diferencial. Naquele momento, tinha um decréscimo na Grande São Paulo e no interior o aumento. Hoje, a alta na transmissão é em todas as regiões, em maior ou menor intensidade”, disse.
O Comitê de Crise da Prefeitura de Americana se reúne hoje para discutir o decreto da regressão, publicado semana que vem.
Nova Odessa, Hortolândia e Sumaré confirmaram que vão aderir à mudança. Santa Bárbara d’Oeste não respondeu.
COMÉRCIO
A Acia (Associação Comercial e Industrial de Americana) definiu, após pesquisa com lojistas, que o comércio vai funcionar das 9 às 17h para atender ao limite de 8 horas diárias. Aos sábados e domingos os estabelecimentos não abrem.
A Acisb (Associação Comercial e Industrial de Santa Bárbara d’Oeste) disse que orienta bares e restaurantes a funcionarem como delivery.
O Tivoli Shopping vai atender, de segunda a sexta, das 12 às 20h. Nos próximos finais de semana, o local estará fechado.