23 de abril de 2024 Atualizado 15:22

8 de Agosto de 2019 Atualizado 13:56
MENU

Publicidade

Compartilhe

Região

Pedidos de seguro caem 17% entre agosto e novembro

A diminuição ocorre após a demanda pelo benefício, concedido a desempregados, disparar entre os meses de abril e junho

Por Marina Zanaki

13 de dezembro de 2020, às 08h08 • Última atualização em 13 de dezembro de 2020, às 08h22

As requisições de seguro-desemprego na RPT (Região do Polo Têxtil) caíram 17% entre agosto e novembro deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. A diminuição ocorre após a demanda pelo benefício, concedido a desempregados, disparar entre os meses de abril e junho.

Para efeito comparativo, o pico das requisições em Americana foi maio. Na ocasião, 1.873 pessoas solicitaram o benefício. A quantidade no município é equivalente a 70% do que foi pedido nos últimos quatro meses, que registraram 2.664 requisições.

Na soma das cinco cidades, foram feitas 8.336 requisições nos últimos quatro meses, contra 10.071 no mesmo período do ano passado. Os dados foram levantados no painel de informações do Ministério do Trabalho. Os números de novembro estão disponíveis apenas até a primeira quinzena.

Grupo de trabalhadores da Accell reintegrados em empresa durante a pandemia – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal_25.11.2020

Economista e membro do Observatório da PUC-Campinas, Eliane Rosandiski explica que a curva de requisições corresponde à situação do mercado de trabalho.

Enquanto nos primeiros meses da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) houve uma disparada das demissões em função das restrições econômicas, a partir de julho e agosto a economia começou a reagir, com redução das dispensas e novas contratações.

A economista acredita que, em função do atual quadro de incerteza na economia, muitas empresas estão dando preferência para contratos temporários.

Com isso, os custos são reduzidos, mas em caso de desligamento o trabalhador está menos amparado em relação à possibilidade de pedir seguro-desemprego. Isso poderia explicar a redução de requisições esse ano em relação a 2019.

“Principalmente nas franjas do mercado de trabalho, empregos mais periféricos, sujeitos à rotatividade, em contrato temporário que não cumpre o tempo mínimo para ter acesso ao seguro desemprego. Isso mostra que existe parcela da população bastante sujeita à rotatividade e com contratos temporários, o que talvez dificulte essas entradas de seguros”, analisa a professora.

Regras
O seguro-desemprego é concedido mediante demissão sem justa causa. É necessário ter trabalhado por um período que varia de acordo com a quantidade de vezes que o trabalhador solicitou o benefício.

Para o primeiro pedido, por exemplo, é necessário ter trabalhado pelo menos 12 dos 18 meses anteriores. Na segunda requisição, é preciso ter trabalhado 9 dos 12 meses anteriores, e a partir da terceira, 6 meses antes da demissão.

O benefício varia entre R$ 1.045 e R$ 1.813, com limite máximo de cinco parcelas.

Publicidade