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Região

Operação contra pedofilia cumpre seis mandados de busca e apreensão na região

Polícia Civil prendeu 54 pessoas em quatro Estados dentro da Operação Black Dolphin; na região, não houve prisões

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26 de novembro de 2020, às 09h54

A Polícia Civil cumpriu na região seis mandados de busca e apreensão dentro da Operação Black Dolphin, deflagrada para combate à pedofilia e exploração sexual de crianças em quatro Estados.

Em nenhum dos mandados cumpridos na região foi comprovado o crime, mas houve apreensão de computadores e arquivos digitais para análise de perícia.

Foram cumpridos três mandados em Americana, dois em Hortolândia e um em Nova Odessa. Houve a apreensão de computadores, HD externo, pen drive e CD.

Em um dos endereços em Americana foi localizada uma pequena porção de maconha. Um termo circunstanciado foi lavrado em função da droga.

Em Nova Odessa, o endereço do mandado era de uma escola de idiomas cujo serviço de internet pode ser utilizado “logando” com o Facebook.

Um dos mandados em Hortolândia se referia a um comércio que disponibiliza conexão com a internet gratuitamente para funcionários e clientes. Em nenhum desses locais foi identificado o celular apontado nas investigações. Houve ainda um sétimo mandado em Monte Mor, também sem presos.

“Todas as pessoas alvos das buscas seguem investigadas. Agora é aguardar as perícias dos materiais apreendidos. Em um primeiro momento, não foram encontrados arquivos que poderiam incriminá-las, mas nada impede que uma perícia mais aprofundada encontre alguma coisa”, explicou o delegado assistente da Seccional de Americana, José Luiz Joveli.

Operação
Houve a prisão de 54 pessoas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Oito delas foram em SP.

A Operação Black Dolphin começou com uma investigação em 2018. A Polícia Civil de São Paulo descobriu, após monitoramento, o plano de um homem que pretendia vender sua sobrinha para predadores sexuais na Rússia. A intenção dele era levá-la para a Disney da Europa e entregá-la aos criminosos na Rússia, alegando que ela teria desaparecido no parque.

A partir dessa investigação, teve início um monitoramento, inclusive na deep web. Foi descoberta uma rede de predadores sexuais, principalmente infantojuvenis, que produzem, vendem e compram vídeos de crianças em situações de vulnerabilidade sexual. Também há indícios de sequestro e tráfico de crianças e jovens para fins de exploração sexual.

“Os alvos das operações são suspeitos de produzir, divulgar, publicar, compartilhar, armazenar, compartilhar e até mesmo comercializar fotos e vídeos de crianças e adolescentes em cenas de sexo explícito ou cunho pornográfico, inclusive estupros e abusos”, disse a Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul.

Black Dolphin é o apelido de uma penitenciária na Rússia, considerada como uma das mais seguras do mundo. “Os investigados, no ambiente obscuro e sombrio da deep web, chegavam a comentar que somente a Black Dolphin seria capaz de detê-los, menosprezando o trabalho da polícia”, explicou a SSP/RS.

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