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Covid-19

Ocupação de leitos de UTI está próxima da fase vermelha

A taxa de ocupação de UTI na região de Campinas está em 77%, próximo dos 80% que colocaria a região na etapa mais restritiva

Por Marina Zanaki

08 de junho de 2021, às 07h43 • Última atualização em 08 de junho de 2021, às 17h07

O Departamento Regional de Saúde de Campinas, que inclui 42 municípios, inicia a última semana da fase de transição do Plano São Paulo com a ocupação de leitos próxima do limite para a fase vermelha. A taxa de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) está em 77%, próximo dos 80% que colocaria a região na etapa mais restritiva.

A fase de transição estava prevista para terminar em 1° de junho, mas foi prorrogada até o dia 13 pelo governador João Doria (PSDB), diante do aumento nos indicadores da pandemia. Na ocasião, a taxa de ocupação na região de Campinas estava com índice de 74%.

Em Americana, os leitos com respiradores estão com lotação máxima no Hospital Unimed e São Francisco. No Hospital Municipal há 14 vagas. O São Lucas não informou os dados nesta segunda-feira. Já Santa Bárbara d’Oeste está desde 27 de maio com lotação máxima dos leitos públicos de terapia intensiva.

O infectologista do Observatório da PUC-Campinas, André Giglio Bueno lembrou que a cidade de Campinas está com praticamente 100% dos leitos de UTI públicos todos ocupados.

“Na regional, há uma heterogeneidade grande. Se for olhar para os hospitais no entorno de Campinas é pouco provável que alguma cidade tenha índices inferiores a 80%. Tudo bem que ponto de vista regional não atingiria esse critério (80% de ocupação), mas pelo Plano São Paulo está posto que os municípios podem adotar medidas mais restritivas quando necessário. Estamos em um limite muito perigoso”, opinou o médico.

O infectologista aponta que a adoção de medidas restritivas carrega um ônus político que as administrações não querem e, portanto, as prefeituras deixam para o Estado decidir.

O médico indicou que o próprio governador João Doria (PSDB) parece não querer “comprar a briga” de impor novamente algumas restrições.

“Se fosse ver, teria que já ter regredido. A redução parou de acontecer e começou a aumentar. A decisão deveria partir do Estado, mas o ideal seria que cada município adotasse medidas restritivas”, afirmou André, citando o caso de Amparo, que decretou lockdown.

“Continua o aumento de casos e vai formar novamente uma fila enorme de pacientes esperando leito intensivo. Em Campinas, chegou a mais de 100 pacientes esperando. Com isso, começa a ter óbitos de pessoas que nem tiveram a oportunidade de um leito intensivo”, lamentou o médico.

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