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Região

Número de usuários de planos de saúde na região aumenta 8,4% na pandemia

Economista atrela resultado ao crescimento da quantidade de empregos formais nos últimos meses; são mais de 30 mil novos clientes

Por Ana Carolina Leal

13 de agosto de 2022, às 08h17 • Última atualização em 13 de agosto de 2022, às 08h18

Os planos de saúde ganharam a adesão de mais de 30 mil novos clientes na RPT (Região do Polo Têxtil) em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). De acordo com dados da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), o número de beneficiários em planos de assistência médica atingiu em junho deste ano 423.851 usuários, um aumento de 8,4% em relação a junho de 2019, quando ainda nem se falava em pandemia. Naquela época, haviam 390.997 beneficiários.

Entre junho do ano passado e o mesmo mês deste ano, a alta na região foi de 4,35%. A quantidade de usuários em Americana, Santa Bárbara d’Oeste, Nova Odessa, Sumaré e Hortolândia passou de 406.175 para 423.851.

No período, a cidade de Nova Odessa foi a que registrou maior crescimento no número de beneficiários, atingindo 24.960 em junho deste ano, 6,66% a mais que o contabilizado no mesmo mês de 2021, um total de 23.400.

Segundo o economista e professor da Faculdade de Ciências Econômicas da PUC-Campinas, Roberto Brito de Carvalho, no caso de Nova Odessa a alta pode ser explicada, talvez, pela abertura de uma grande empresa, gerando um determinado volume de empregos e consequentemente alterando substancialmente a base dos planos ou, eventualmente, algum tipo de política que tenha fomentado a geração de renda e a contratação desses planos.

CONTRATAÇÕES. Considerando os números na região, o especialista atrela o aumento da adesão à alta na quantidade de empregos nos últimos meses. “Essa retomada dos empregos formais tem provocado a contratação de pessoas que recebem como benefício os planos de saúde e isso tem ajudado muito”, afirma.

Outro fator importante, de acordo com o economista, é que esse período de pandemia também foi marcado pela abertura de um grande número de pequenas empresas e isso facilita muito a contratação dos planos de saúde. “Esses microempresários acabam aderindo aos planos pelo modelo coletivo empresarial, com preços mais acessíveis do que normalmente a gente contrata como família”, explica.

Carvalho acrescenta que com a crise sanitária provocada pela Covid-19, aquilo que já era importante para a maioria das famílias, tornou-se uma prioridade ainda maior. “A saúde sempre teve em terceiro ou quarto lugar na lista de desejos dos consumidores. E nesse contexto, tendo vivenciado a pandemia, esse cenário mudou”, conclui.

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