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Número de mortes no trânsito dispara em SB e Sumaré
Dados são do Infosiga e mostram que Santa Bárbara teve alta de 92,7% em 2019, na comparação com ano anterior, e Sumaré saltou de 18 para 36 casos
Por George Aravanis
21 de janeiro de 2020, às 10h07 • Última atualização em 21 de janeiro de 2020, às 11h30
Link da matéria: https://liberal.com.br/cidades/regiao/numero-de-mortes-no-transito-dispara-em-sb-e-sumare-1137468/
O número de mortes no trânsito disparou 92,3% em Santa Bárbara d’Oeste e dobrou em Sumaré em 2019, na comparação com o ano anterior. As informações são do Infosiga, banco de dados do governo estadual. Em Santa Bárbara, a quantidade de vítimas cresceu de 13 para 25 e, em Sumaré, de 18 para 36.
Em solo barbarense, as avenidas da Amizade e São Paulo, com três mortes cada uma, lideram a lista de vias com mais óbitos. O número de ciclistas mortos foi um dos responsáveis pela alta. Em 2019, cinco pessoas que ocupavam uma bicicleta perderam a vida no trânsito. No ano anterior, isso não tinha acontecido nenhuma vez, segundo os dados do Infosiga.
Os ocupantes de motocicletas são nove das 25 vítimas – alta de 50% em relação aos seis mortos que estavam em uma moto em 2018.
Especialista em trânsito, Creso de Franco Peixoto, do Departamento de Geotecnia e Transportes da Faculdade de Engenharia Civil da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), entende que a evolução dos aplicativos por entrega pode explicar a alta de mortes relacionadas a motos.
Os radares da cidade estão sem funcionar desde fevereiro de 2018, e a prefeitura planeja que 26 novos aparelhos estejam funcionando até o mês que vem em 16 pontos da cidade. Para o professor da Unicamp, quando se desligam os radares, a tendência é que os motoristas que sabem disso aumentem a velocidade, o que pode ocasionar mais acidentes.
Em Sumaré, o número de motociclistas mortos quase dobrou, de oito para 15 – alta de 87,5%. Mas a grande disparada de acidentes fatais aconteceu entre pedestres: dois morreram em 2018 e 13 em 2019, um aumento de 550%.
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Porém, só metade das 36 mortes registradas em Sumaré aconteceu em vias municipais. Outros 47,2% aconteceram em rodovias – a cidade é atravessada pela Rodovia Anhanguera e os demais 2,78% em locais que não foi possível identificar.
Em Santa Bárbara, o percentual de mortes em vias municipais foi de 60%. Em janeiro do ano passado, a Prefeitura de Sumaré anunciou que a fiscalização por radares teria início.
Questionada ontem se os radares ainda funcionam, a administração não respondeu essa e outras questões do LIBERAL – como a que atribui esse aumento de mortes e o que pretende fazer diante dos números. A Prefeitura de Santa Bárbara também não respondeu.