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Eleições 2022

Número de jovens entre 16 e 17 anos com título de eleitor dispara na região

Na última eleição presidencial era 3.446 adolescentes eleitores na Região do Polo Têxtil; em 2022, o número chegou a 7.353

Por Stela Pires*

31 de julho de 2022, às 08h21 • Última atualização em 01 de agosto de 2022, às 11h39

O número de adolescentes de 16 e 17 anos com título de eleitor aumentou 113% na RPT (Região do Polo Têxtil) entre 2018, ano das últimas eleições presidenciais, e este ano. Eram 3.446 jovens com título e aptos a votarem há quatro anos. Agora, são 7.353. Os dados foram divulgados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) neste mês.

O crescimento do eleitorado de 16 e 17 anos foi expressivo em todo o País e reverteu a sequência de quedas que vinha ocorrendo neste grupo. Para esta faixa etária, o alistamento eleitoral e o voto são facultativos. Na região, a evolução percentual (51%) foi maior do que do Brasil como um todo.

Sthefany Alvino só precisaria tirar o título em 2023, mas preferiu fazer agora – Foto: Marcelo Rocha / Liberal

O maior aumento percentual entre as cinco cidades da RPT foi em Americana, com o crescimento de 142% do eleitorado na faixa etária. Antes eram 638 adolescentes, em 2022 o número de eleitores atingiu 1.545. 

Seguido de Americana, está Hortolândia, com uma alta de 126% de jovens aptos, saltando de 840 para 1.901 eleitores de 16 e 17 anos. A cidade com o menor aumento percentual foi Nova Odessa, com 60%.

Em Santa Bárbara d’Oeste eram 575 jovens e agora são 1.147, representando 99% de aumento. Sumaré registou alta de 109%, saindo de 1.080 adolescentes, em 2018, para 2.258, em 2022.

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De acordo com o cientista político da FGV (Fundação Getúlio Vargas), Cláudio Couto, o crescimento do número de jovens eleitores da RPT é expressivo e ficou acima da média nacional, que atingiu os 47%.

“O importante é observar que houve uma campanha nacional para que ocorresse a inscrição desses eleitores mais jovens, e ela surtiu efeito, tanto que esse é um fenômeno que não é restrito aí a região”.

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Na segunda quinzena de março o TSE realizou a “Semana do Jovem Eleitor”, incentivando os adolescentes a tirarem o título.
A campanha teve adesão de diversos artistas e celebridades brasileiras como Anitta, Zeca Pagodinho, Juliette e Whindersson Nunes, que usaram as redes sociais para apoiar o movimento.

Personalidades internacionais como os atores Mark Ruffalo, que interpreta o Hulk na franquia Vingadores, e Leonardo DiCaprio também aderiram a empreitada.

Segundo o cientista, a impopularidade que o governo Bolsonaro tem entre os mais jovens auxiliou na força da campanha. Para Claudio, é importante que os jovens estejam exercendo a cidadania política, pois formam um país que presta mais atenção na política e consequentemente fiscaliza melhor os poderes.

“É um evento muito interessante, ele supera um pouco uma apatia que é muito frequente”, finaliza.

JUVENTUDE
A motivação do estudante americanense Cauã Felipe Pimentel Marsaro, que completou 18 anos ontem, foi o atual governo do País.

“A maioria das vezes [o governo] é totalmente contra as minhas ideias políticas e religiosas. Então, como a única resposta que o cidadão brasileiro consegue dar em troca é o voto, eu resolvi tirar meu título de eleitor pelo menos para fazer a minha parte”, disse.

Para ele, exercer o direito ao voto é importante para conseguir eleger candidatos que atendam seus ideais para poder ser melhor representado. Esse também é o pensamento da estudante Sthefany Alvino, 17, que, apesar da obrigatoriedade do título para ela ser só em 2023, preferiu tirá-lo esse ano.

O direito de escolha do representante do País falou mais alto para a jovem. “Eu participando e vendo que posso ajudar em algo, fazendo minha parte, é o que me motivou”.

MAIS JOVENS
Eleitorado com 16 e 17 anos apto a votar na região, de acordo com informações do Tribunal Superior Eleitoral

Cidade – 2018 – 2022
– Americana – 638 – 1.545
– Santa Bárbara – 575 – 1.147
– Nova Odessa – 313 – 502
– Sumaré – 1.080 – 2.258
– Hortolândia – 840 – 1.901
– RPT – 3.446 – 7.353.

*Estagiária sob supervisão de João Colosalle.

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