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Segurança

Motoristas de aplicativo fazem protesto em Americana e Santa Bárbara

Cerca de 70 veículos participaram da manifestação em Americana e Santa Bárbara, que foi acompanhada pela Polícia Militar

Por Heitor Carvalho

29 de outubro de 2020, às 08h51

Vários motoristas de aplicativos, como Uber e 99, organizaram um protesto entre os municípios de Santa Bárbara e Americana durante a tarde desta quarta-feira.

A manifestação, que foi acompanhada pelo Rocam (Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas) da Polícia Militar, saiu da loja da Havan, na Avenida Santa Bárbara.

Cerca de 70 automóveis, segundo a organização do protesto, seguiram em passeata até a área ao redor da Rodoviária de Americana, onde os motoristas encerraram a manifestação por volta de 16h40 de ontem.

 Protesto seguiu até a área ao redor da Rodoviária de Americana, onde motoristas pediram mudanças – Foto: Heitor Carvalho / O Liberal

Um dos líderes do protesto, que não quis se identificar, disse que entre as principais demandas da categoria estão o aumento das tarifas repassadas aos motoristas, além de taxas mais baixas cobradas pelas empresas de transporte.

No caso da 99, ele disse que a empresa cobra uma “meta semanal” que, caso não seja alcançada, pode levar ao bloqueio do motorista na plataforma por três a quatro dias.

Outra pauta importante cobrada pelos manifestantes foi a segurança dos motoristas, que muitas vezes ficam sujeitos a situações de risco, como assaltos e sequestros.

Entre as medidas demandadas, estão a exigência de que o passageiro tire uma selfie quando for solicitar a viagem e que os aplicativos não cobrem taxa de cancelamento caso a pessoa seja diferente da que solicitou a corrida ou quando o local de embarque for conhecidamente perigoso.

Ao LIBERAL, a Prefeitura de Santa Bárbara disse que segue o previsto na legislação federal, mas que há dois projetos de autoria do legislativo em tramitação sobre o tema.

Já a administração americanense afirmou que a cidade possui uma lei que trata sobre o assunto, sancionada pelo prefeito Omar Najar (MDB) em 2017, mas que ainda não foi regulamentada.

Em nota, a empresa 99 disse que usa inteligência artificial para verificar o comportamento dos passageiros, que também devem fornecer seus CPFs ou cartões de crédito, além de outras medidas de segurança.

Em relação à remuneração, a 99 informou que está sempre aberta ao diálogo com seus parceiros e que leva em conta duas variáveis: distância percorrida e tempo de deslocamento, além de uma tarifa base mínima.

Sobre a “meta semanal”, a empresa alegou que não existe nenhuma regra de bloqueio atrelada apenas ao número de corridas sozinho, mas sim regulamentos quanto ao nível de viagens aceitas e completadas.

A assessoria de imprensa da Uber foi informada sobre o protesto e disse, por meio de nota, que opera um sistema de intermediação dinâmico e flexível que busca equilibrar as necessidades de motoristas parceiros à realidade dos usuários que utilizam a plataforma todos os dias.

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