Região
Mortalidade infantil tem menor índice desde 2016
Dados mostram segunda queda seguida de mortes em Americana no ano passado; região também apresenta queda
Por *Natália Velosa
21 de novembro de 2021, às 08h51 • Última atualização em 21 de novembro de 2021, às 09h15
Link da matéria: https://liberal.com.br/cidades/regiao/mortalidade-infantil-tem-menor-indice-desde-2016-1662506/
Americana atingiu em 2020 a menor mortalidade infantil dos últimos cinco anos, com 6,59 óbitos de menores de até um ano de idade a cada mil nascidos vivos. Os dados são da Fundação Seade.
No ano anterior, em 2019, a cidade alcançou o índice de mortalidade infantil de 7,13 óbitos a cada mil nascidos vivos. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), indicadores menores de 20 por mil nascidos vivos são considerados baixos.
Um dos motivos para a queda em 2020, segundo a Vigilância Epidemiológica de Americana, é a pandemia. As restrições de mobilidade e a suspensão de aulas presenciais nas escolas explicam em grande parte a diminuição nas taxas de infecção por agentes patogênicos transmissíveis, o que de certa forma colaborou com a redução da mortalidade infantil.
Dentre os óbitos de neonatais precoces em 2020, ou seja, mortes de zero a seis dias de vida completos, Americana registrou 3,29 a cada mil nascidos vivos. Considerado este o componente principal do indicador para a mortalidade infantil, a vigilância diz que as mortes relacionadas estão associadas a problemas de parto, fatores maternos diversos e problemas congênitos ou genéticos, mas que são óbitos esperados.
Já nos números de neonatal tardia, óbitos ocorridos entre sete e 27 dias de vida completos, o índice alcançou 0,41. Nos óbitos entre um mês e um ano de vida, o pós-neonatal, a taxa foi de 2,88. Os dados foram divuglados
Questionada sobre as ações no município, a Prefeitura de Americana diz que cumpre com os protocolos de atendimento do Ministério da Saúde para as gestantes, puérperas e crianças.
Afirma também que são realizadas atividades educativas e de orientação nas unidades básicas com grupos de gestantes, consulta médica e consulta de enfermagem. Entretanto, as atividades educativas seguem suspensas desde o início da pandemia.
Além disso, há uma equipe multidisciplinar que atua no Programa Mamãe Nenê, com foco na prevenção de doenças e promoção da saúde. Esta equipe recebe as mães e seus bebês, após a alta da maternidade, e inicia o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança até completar três anos de idade.
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Santa Bárbara vive queda, mas óbito é o maior da região
O maior índice de mortalidade infantil na RPT, em 2020, ocorreu em Santa Bárbara d’Oeste, com 10,51 óbitos a cada mil nascidos vivos. Em ordem decrescente, Sumaré atingiu 9,73, Hortolândia, 9,19 e Nova Odessa, 7,91.
Questionada, a Secretaria de Saúde de Santa Bárbara diz considerar uma taxa de redução significativa comparada ao ano de 2019, saindo de 13,41 para 10,51, o que “evidencia a resolutividade de ações de saúde no âmbito da prevenção”.
A secretaria informou ainda que há uma frente de serviços voltados à prevenção da mortalidade infantil por meio de ações integradas entre diversos setores, como a Atenção Básica, Vigilância em Saúde, Centro de Referência em Saúde da Mulher, NES (Núcleo de Educação em Saúde), além da parceria com o Hospital Santa Bárbara.
Em relação ao ano de 2019, Nova Odessa teve a maior diferença registrada na região, após ter alcançado 17,39 óbitos a cada mil nascidos vivos em 2019. Nos óbitos de neonatal tardia, o município zerou os casos em 2020.
Hortolândia também teve queda, com taxa de 11,46, em 2019, para 9,19, em 2020. Sumaré foi a única que teve aumento, saindo de 8,29 para 9,73 entre os dois últimos anos.
As secretarias de saúde de Nova Odessa, Hortolândia e Sumaré não responderam até a publicação dessa reportagem sobre as medidas preventivas nos municípios.
*Estagiária sob supervisão de João Colosalle