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Covid-19

Março teve 67% mais mortes que o pior momento da pandemia no ano passado

Mês que se encerrou ontem se tornou, com folga, o ápice da pandemia; 1.661 pessoas da região de Campinas perderam a vida

Por Leonardo Oliveira

01 de abril de 2021, às 08h08 • Última atualização em 01 de abril de 2021, às 08h09

Avanço do coronavírus vem pressionando os sistemas de saúde - Foto: Ernesto Rodrigues / O Liberal

No mês de março, 1.661 pessoas perderam a vida para o novo coronavírus (Covid-19) na região de Campinas. O mês que se encerrou ontem se tornou, com folga, o ápice da pandemia. O número de mortos foi 67,1% maior do que em julho do ano passado, período que registrava a pior marca, com 994 óbitos.

O LIBERAL compilou dados do Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados) que mostram a situação epidemiológica do DRS-7 (Departamento Regional de Saúde) de Campinas. Quase todos os recordes possíveis foram quebrados no mês passado.

Por quatro vezes, em março, a região chegou ao maior número de mortes registradas em um só dia. O pico foi no dia 27, quando 142 pacientes foram vitimados pela doença – antes do mês passado começar, a pior marca havia sido de 76 vítimas em um só dia, em 14 de julho de 2020.

O avanço do coronavírus nas últimas semanas tem pressionado o sistema de saúde. Em 18 dos 31 dias do mês, a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) ficou acima dos 90% na DRS-7. Ontem, 89,2% dos leitos estavam sendo usados, menor taxa desde o dia 13.

Em sete dias do mês de março, foi batido o recorde no número de pacientes internados em um período de 24 horas. No dia 13, foram 247 pessoas inseridas nas unidades de saúde da região – antes, o recorde era de 213 pacientes, registrado em 10 de julho de 2020.

As novas internações ainda chegaram a patamares inéditos nos dias 17, 18, 20, 23, 24 e 25, quando foram 344 pessoas hospitalizadas.

Nesta quarta, haviam 1.045 pacientes em leitos de UTI na região de Campinas. Os hospitais nunca estiveram tão lotados. Para efeito de comparação, no pior momento da pandemia antes do atual, em 19 julho do último ano, 747 pessoas estavam em um leito de alta complexidade.

O LIBERAL chegou a mostrar que as internações pela doença têm crescido quase o dobro da capacidade do governo e das instituições privadas em criarem leitos de UTI.

LEITOS. Mesmo as ampliações anunciadas em unidades como o Hospital Estadual de Sumaré, Hospital das Clínicas da Unicamp e AME (Ambulatório de Especialidades Médicas) de Campinas não têm sido suficientes para reduzir significativamente a ocupação de leitos.

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