Região
Indústria tem pior saldo de empregos desde janeiro
Regional da Ciesp de Americana, que inclui Nova Odessa e Cosmópolis, informou fechamento de 150 vagas em maio
Por Marina Zanaki
18 de junho de 2019, às 08h55 • Última atualização em 18 de junho de 2019, às 09h43
Link da matéria: https://liberal.com.br/cidades/regiao/industria-da-regiao-tem-pior-saldo-de-empregos-desde-janeiro-1028886/
A indústria da região teve o pior mês desde o início do ano para geração de empregos. Segundo dados da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) da última sexta-feira, a Diretoria Regional de Americana (que inclui Nova Odessa e Cosmópolis) teve recuo de 0,39%, o que representa 150 vagas.
Em abril, houve queda de 100 postos. Único mês com saldo positivo este ano, março teve abertos 200 postos. Janeiro e fevereiro registraram, respectivamente, 100 e 20 vagas fechadas.
Os setores que influenciaram esse desempenho em maio foram Produtos Têxteis (-0,64%); Produtos Alimentícios (-0,95%) e Produtos de Borracha e de Material Plástico (-0,07%).
Diretor do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) de Americana, Carlos Frederico Faé, indicou que o setor de alimentos teve influência sazonal do setor de cana, com contratações de fevereiro a março, e demissões nos meses seguintes. Já a área têxtil e a produção de borracha e material plástico sofreram com as oscilações do dólar. Em 16 de maio, a moeda americana chegou a R$ 4,03, maior valor alcançado nos últimos oito meses.
“Essa área [plásticos] e a têxtil tiveram alta influência na matéria-prima, no custo relacionado ao dólar. No fundo, ainda está sendo a instabilidade do País, dificuldade de aprovação das reformas reflete no cotidiano das empresas”, avaliou. Faé também destacou a importância de serem adotadas medidas como redução de juros e liberação de crédito.
A Diretoria Regional de Santa Bárbara d’Oeste teve variação de 0,12%, o que significou um aumento de cerca de 50 postos de trabalho. O resultado foi influenciado por Produtos Têxteis (0,50%); Máquinas e Equipamentos (0,64%); Confecção de Artigos do Vestuário e Acessórios (0,87%) e Produtos de Borracha e de Material Plástico (0,64%).
No Estado, foram encerradas 6,5 mil vagas em maio, primeira variação negativa após quatro meses. De acordo com a Fiesp, as principais influências “ficaram por conta da sazonalidade dos setores de vestuário e o de couro e calçados, que reduziram suas posições com o fim da produção da coleção outono e inverno”.