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Covid-19

Fiscalização faz mais de 300 estabelecimentos baixarem as portas

Comércios estavam descumprindo decretos dos municípios; restrição em todo Estado vale a partir desta terça-feira

Por André Rossi / George Aravanis

24 de março de 2020, às 09h32 • Última atualização em 24 de março de 2020, às 09h33

Ao menos 307 estabelecimentos, entre bares, lojas e igreja, tiveram de fechar as portas após fiscalizações de prefeituras da região desde o fim de semana. Os responsáveis descumpriam os decretos municipais que determinam que só os serviços essenciais, como supermercados, farmácias e postos de combustíveis, podem funcionar. O objetivo é evitar a propagação do novo coronavírus (Covid-19). Quem insistir em desobedecer pode perder o alvará e ser processado criminalmente.

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Em Santa Bárbara d’Oeste, a GCM (Guarda Civil Municipal) fechou ontem à tarde o Shopping das Utilidades, na Av. Santa Bárbara. Os agentes foram até o local após denúncia, por volta de 15h30, e ficaram até às 17h, enquanto todos os clientes deixavam o local. A supervisora da loja não quis dar entrevista.

Segundo o comandante da GCM, Samuel Silas de Oliveira, vários estabelecimentos foram fiscalizados nesta segunda-feira. Em alguns casos, o proprietário não sabia da restrição. “Aí a gente vai, mostra o decreto e imediatamente a pessoa, quando ela percebe que se enquadra no decreto, ela pede para os clientes deixarem o local”, comentou Oliveira.

De acordo com a prefeitura, o fechamento do comércio é válido para todas as lojas com atendimento presencial, incluindo bares, restaurantes, cafés e lanchonetes. Locais que servem alimentos e bebidas em mesas ou balcões só poderão atender pedidos por telefone ou serviços de entrega.

Em Americana, entre sábado e domingo a Gama flagrou cerca de 80 comércios funcionando irregularmente, a maioria bares, e todos fecharam. Desde a última quarta-feira a prefeitura suspendeu alvarás de casas noturnas, pubs e afins. Quem insistir em manter o local aberto tem o alvará cassado. Além disso, o estabelecimento é interditado e lacrado. Na última sexta, um bar foi interditado no Zanaga.

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Em Nova Odessa, ao menos 40 bares fecharam as portas após a fiscalização, e o mesmo aconteceu com uma igreja no bairro Santa Rosa. Até uma festa familiar em uma chácara no bairro Guarapari foi interrompida.

“Importante lembrar que quem descumpre o decreto está cometendo um crime, passível de multa e prisão. Se esse estabelecimento que hoje foi fechado voltar a funcionar, ele será lacrado”, informou, por meio da assessoria de imprensa, a diretora da Vigilância em Saúde, Priscila Peterlevitz.

Em Hortolândia, pelo menos 186 estabelecimentos de serviços não essenciais foram fechados. Duas pessoas foram levadas à delegacia por desobedecerem a ordem de fechamento. Elas responderão por infringir determinação do poder público que visa impedir introdução ou propagação de doença contagiosa. O crime é previsto no Artigo 268 do Código Penal. A pena é detenção de um mês a um ano, e multa.

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