Uma estelionatária fez, pelo menos, 17 vítimas nas cidades de Americana e Santa Bárbara d’Oeste desde o início do ano ao realizar grandes compras de cosméticos e não pagar. Os prejuízos para cada revendedora variam entre R$ 500 e R$ 2,5 mil. A Polícia Civil está investigando o caso.

A golpista entra em contato com a vítima pelas redes sociais e demonstra interesse em adquirir cosméticos e perfumes. Ela se oferece para buscar os itens na casa da vendedora, mas “enrola” para agendar uma data, alegando ter medo de sair na quarentena, já que supostamente mora com o filho pequeno e a mãe idosa.

Quando o encontro finalmente acontece, a mulher simula uma transferência bancária na presença da revendedora e deixa o local com os produtos, alegando que o valor vai cair no dia seguinte. Antes disso, para ganhar a confiança da comerciante, ela fornece um endereço e o seu suposto RG.

Depois de levar os itens embora a estelionatária ainda volta a entrar em contato para declarar a intenção de comprar novamente, mas depois some. Essa história foi usada para enganar, pelo menos, 17 comerciantes de Americana e Santa Bárbara d’Oeste. O LIBERAL conversou com quatro vítimas que confirmaram que essa foi a abordagem usada.

Um dos casos aconteceu no dia 11 de junho. A golpista marcou de se encontrar com uma revendedora de Americana e comprou R$ 2,5 mil em produtos e tirou o print da tela do celular do que seria uma suposta transferência bancária.

“Quando fizemos a busca na conta pela transferência, veio a surpresa. Sacamos que era o golpe”, disse o noivo de uma das vítimas, que pediu para não ser identificado.

Outra comerciante ouvida pelo LIBERAL revelou que a mulher entrou em contato pelas redes sociais em janeiro para comprar maquiagens para presentear uma amiga. No encontro, a golpista adquiriu produtos avaliados em R$ 800, fez uma suposta transferência e enviou um comprovante para a vítima, mas o valor nunca foi creditado na conta dela.

As vítimas afirmam que a estelionatária atende pelo nome de Patrícia. Eles conseguiram ter acesso a uma cópia do RG dela e alegam que a pessoa que aparece na foto tem a mesma aparência da mulher que comprou os produtos e não pagou.

A reportagem tentou contato com a estelionatária com o número de celular fornecido pelas vítimas, mas as ligações não chegaram a ser completadas. A mensagem é de que o número “não existe”.

A reportagem teve acesso a três boletins de ocorrência registrados sobre o caso em Americana – dois deles no 2°DP e um no 1°DP. “Em todos eles, as vítimas estão sendo acionadas para serem ouvidas e, caso assim desejarem, ofertarem representação contra o autor para a continuidade das investigações e instauração de inquérito policial”, informou a SSP (Secretaria Estadual da Segurança Pública).

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