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Região

Estado diz que colapso só pode ser impedido com maior isolamento

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, todo sistema hospitalar paulista pode colapsar até o próximo final de semana

Por Marina Zanaki

06 de março de 2021, às 08h43

O isolamento social é a única coisa que pode impedir o colapso total do sistema de saúde de São Paulo. Na atual velocidade do contágio do novo coronavírus (Covid-19), todo o sistema hospitalar paulista deve colapsar até o final da semana que vem, segundo projeção da própria Secretaria de Estado da Saúde.

Secretário de Saúde, Jean Gorinchteyn disse que Estado está “em guerra” – Foto: Governo de São Paulo – Divulgação

A cada dois minutos, três pacientes são internados em leitos de UTI ou enfermaria Covid-19 no Estado, segundo o Secretário de Saúde, Jean Gorinchteyn. Entre 22 de fevereiro e 5 de março, a ocupação de leitos de UTI saltou de 66% para 77%.

As internações em leitos intensivos têm batido recordes diários, e chegaram a 7.892 nesta sexta. A semana epidemiológica atual não chegou ao fim, mas os óbitos já aumentaram 13% em relação ao período anterior.

“Estamos em guerra. Diferente das guerras que costumamos ver nos filmes, com tiros, bombas e mortos espalhados pelas ruas, temos isso acontecendo nos hospitais. Essa é a realidade que acaba sendo vista por aqueles que estão na linha de frente, esperando o que fazer na sua escolha de quem vai viver ou morrer”, disse o secretário nesta sexta.

A esperança é que a partir da fase vermelha haja redução na velocidade de contágio. “A partir de hoje [sexta] à meia-noite, com as medidas sendo tomadas, a gente espera que essa velocidade caia. Essa expectativa de redução das novas internações é que pode nos manter com disponibilidade de leitos nos próximos dias”, disse o coordenador-executivo do Centro de Contingência, Paulo Menezes.

O Estado de São Paulo apresenta taxa de isolamento em 40%, considerada baixo pelo governo. Em Americana, que está com 73% das UTIs lotadas, o índice tem ficado entre 36% e 38% durante os dias da semana.

Na comparação entre finais de semana, dias em que tradicionalmente as taxas são maiores, ficaram em 46% no domingo e 40% no sábado passado. Esses foram os primeiros dias com o toque de restrição do governo, que impede circulação de pessoas.

Apesar de ligeiramente acima da semana anterior (42% no domingo e 38% no sábado), as taxas são idênticas ao final de semana do feriado de Carnaval no município.

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