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Covid-19

Estado diz lamentar carreata ‘a favor da pandemia’

Gestão Doria voltou a criticar protesto realizado em Americana e Santa Bárbara que pedia a reabertura do comércio em meio à pandemia do coronavírus

Por George Aravanis/João Colosalle

18 de abril de 2020, às 16h07 • Última atualização em 19 de abril de 2020, às 09h00

O governo estadual criticou a nova carreata que pediu a reabertura do comércio neste sábado (18) em Americana e Santa Bárbara d’Oeste. A gestão Doria chamou o ato de “a favor da pandemia”.

A manifestação, organizada por um grupo bolsonarista da região, teve início em frente à loja Havan, em Santa Bárbara d’Oeste, e percorreu as principais ruas e avenidas do município antes de seguir para Americana.

A organização fala na participação de 4 mil veículos e 15 mil pessoas. A Polícia Militar, que acompanhou o protesto, estimou em 1,2 mil veículos e 2 mil pessoas.

No protesto, participantes também se manifestavam contra o comentário do governador João Doria, na última quarta-feira (15), sobre a carreata anterior, realizada na segunda-feira (13), em Americana.

“Uma carreata com duas dúzias de veículos e pessoas gritando não me parece exatamente uma representação majoritária daquelas pessoas que vivem em Americana, na Região Metropolitana de Campinas”,  disse o governador, na ocasião.

Foto: Marcelo Rocha/O Liberal
Carreata passa pela Avenida Santa Bárbara, na manhã deste sábado

Questionado pelo LIBERAL neste sábado, sobre a nova carreata, o Estado afirmou que “defende o direito à livre manifestação, mas lamenta que ela seja a favor de uma pandemia que já matou, até o momento, 928 pessoas no Estado”.

O governo argumenta que a manutenção da quarentena é essencial para que o sistema de saúde comporte a demanda de pacientes e não aconteçam ainda mais óbitos.

Um decreto de Doria mantém lojas e outros estabelecimentos fechados desde o dia 24 de março. A medida foi prorrogada até o dia 10 de maio nesta sexta-feira.

Em nota, o Estado afirmou que tem “mantido o diálogo com a população e com os setores produtivo, de comércio e serviços e vai intensificá-lo para estruturar um plano de ação de reabertura das atividades a ser implementado assim que for possível flexibilizar as atuais restrições de funcionamento necessárias”.

“Enquanto isso não é possível, já liberou mais de R$ 650 milhões em empréstimos subsidiados para auxiliar as empresas a atravessarem a crise e concedeu incentivos às empresas optantes do Simples Nacional, que terão prazo adicional de 90 dias para pagar o ICMS devido”, informou o governo.

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