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Região

Empresa do RJ perde R$ 6,5 mil após cair no golpe do frete

Motorista e empresa caíram em um golpe na tarde desta terça-feira; parte da carga foi coletada em Americana e seria levada até Pernambuco

Por Paula Nacasaki

03 de março de 2021, às 13h00 • Última atualização em 04 de março de 2021, às 09h10

Um estelionatário se passou por dono de uma transportadora e conseguiu fazer com que uma empresa e um motorista caíssem num golpe que deu um prejuízo de R$ 6,5 mil aos envolvidos.

O caso aconteceu na tarde desta terça-feira (2) e foi registrado na delegacia de Americana.

Caso foi registrado na delegacia de Americana – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

Segundo informações do boletim de ocorrência, uma empresa do Rio de Janeiro anunciou na Fretebras (empresa que faz intermediações entre empresas e transportadoras para fretes) um transporte de nove toneladas de ferro fundido.

Parte desse material, duas toneladas, deveria ser coletado em Americana e o restante na cidade de São José dos Campos. De lá, a carga deveria ser levada até o destino final, em Caruaru (PE).

O golpista fez duas vítimas: a empresa do Rio de Janeiro, que pagou o frete, e um motorista terceirizado, que acreditou que tinha sido contratado por uma transportadora de São Paulo.

De acordo com a versão do motorista do caminhão, o golpista entrou em contato com ele, dizendo que era dono de uma transportadora e que queria contratá-lo pelo valor de R$ 2 mil para que ele pegasse uma carga em Americana e outra em São José dos Campos e levasse até São Paulo, onde estava seu estabelecimento comercial.

Ele ainda relatou que de São Paulo adiante, a transportadora dele seria responsável pelo transporte até Caruaru. Por este serviço, o suposto dono da transportadora receberia o valor de R$ 5,5 mil e repassaria R$ 2 mil para o motorista.

O motorista coletou a carga e exigiu que o responsável da empresa do Rio de Janeiro, que anunciou o serviço na Fretebras, fizesse uma transferência para a transportadora paulista, que ele acreditava que realizaria o restante do transporte.

O representante carioca transferiu o valor de R$ 5,5 mil para uma conta pessoa física, que acreditava se tratar do dono da transportadora filiada a Fretebras.

Quando o motorista chegou ao endereço onde supostamente era para estar instalada a transportadora paulista, percebeu que tinha caído em um golpe, pois no local não existia nada.

Deste modo, voltou com a carga para Americana. Em conversa com o responsável pela empresa do Rio de Janeiro, eles decidiram registrar um boletim de ocorrência por estelionato.

Além dos R$ 5,5 mil da transferência, a empresa carioca teve mais um prejuízo de mais R$ 1 mil para custear o retorno do motorista de São Paulo até o município americanense.

Em nota, a FreteBras disse que “se solidariza com as vítimas e fica à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos”.

“Para que as empresas possam publicar anúncios de cargas na plataforma, a FreteBras exige uma série de documentos e realiza uma avaliação criteriosa dos mesmos. Em virtude desta análise, historicamente, apenas 30% de todos os cadastros solicitados na plataforma são aprovados. Hoje, a taxa de cargas seguras publicadas no site é de 99,58%. O objetivo é alcançar 100%”, informou a empresa.

Além das medidas dentro da plataforma, a FreteBras também orienta que todos os usuários se atentem a critérios essenciais e reforcem a verificação, a fim de evitar fraudes, entre eles:

1) Nunca realizar o pagamento de frete na conta de terceiros.

2) Utilizar sempre a função ‘Check-in Privado’ do aplicativo da FreteBras, que permite consultar fretes sem tornar os contatos visíveis, assim como a função ‘Frete Privado’, que possibilita permite às transportadoras publicar fretes apenas para caminhoneiros logados e validados na plataforma.

3) Realizar chamadas em vídeo sempre que possível para garantir que a pessoa com quem estão tratando é a quem diz ser.

4) Suspeitar de cargas que ofereçam valores muito altos para transporte e fora dos padrões de mercado, bem como de produtos em rotas incomuns.

5) Pesquisar referências sobre a empresa embarcadora responsável pela carga, assim como consultar o endereço do carregamento antes de qualquer visita ao local.

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