O governador João Doria (PSDB) criticou nesta segunda-feira (15) os protestos realizados por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) neste domingo, em diferentes cidades do Brasil. Os manifestantes criticavam as medidas de isolamento impostas por governadores.

Uma manifestação com a mesma pauta está marcada para esta segunda em Americana, às 17 horas, em frente ao Tiro de Guerra. O alvo é a fase emergencial determinada por Doria, que aumenta as restrições em todo o Estado. Essa etapa começou a valer nesta segunda, com duração até o próximo dia 30.

Em coletiva, o governador apontou que os atos de domingo tiveram aglomeração e pessoas sem máscara. Também disse que os participantes fizeram “exatamente o que não poderiam fazer”.

“Num momento em que as pessoas deveriam estar em casa, se protegendo, foram para a rua sem máscaras para defender Jair Bolsonaro”, afirmou Doria, que prometeu não se abater. “Que país é este? Como governador, quero deixar claro: não vou me silenciar”, ressaltou.

No domingo, houve um protesto na Avenida Paulista, em São Paulo, contra as restrições determinadas por Doria, que visam frear o avanço do novo coronavírus (Covid-19). Um grupo também se reuniu no Rio de Janeiro, em Copa Copacabana. Nos dois locais, havia pessoas sem máscara.

Em Brasília, apoiadores de Bolsonaro realizaram uma carreata na Esplanada dos Ministérios. Tinha, inclusive, cartaz pedindo “Intervenção Militar”. Em Belém, o deputado federal Éder Mauro (PSD-PA) foi fotografado sem máscara em meio a uma aglomeração de pessoas.

A deputada Carla Zambelli (PSL-SP), presidente da Comissão do Meio Ambiente da Câmara, havia convocado manifestantes para carreatas nas capitais.