O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta quarta-feira (24) a retomada das aulas presenciais com rodízio entre os alunos a partir de 8 de setembro. Para isso, no entanto, é necessário que todo o Estado esteja na fase 3 (amarela) do Plano São Paulo.

O cronograma é válido para todas as escolas das redes municipal e estadual, e também serve como recomendação para as instituições privadas. A medida atinge mais de 13,3 milhões de alunos em todo o Estado.

O plano de retorno é dividido em três etapas e envolve todos os níveis de educação, do ensino infantil ao superior. Distanciamento social de 1,5 metros entre os estudantes e uso de máscaras serão obrigatórios, assim como a implantação de uma série medidas de higienização.

Na primeira etapa, as aulas poderão ser retomadas se todas as cidades estiverem na fase 3 do Plano São Paulo há pelo menos 20 dias. No momento, nenhuma região do Estado se encontra nessa fase de reabertura.

Ainda na primeira etapa, em 8 de setembro, apenas 35% dos alunos poderão retornar para a sala de aula. Por este motivo, o Estado recomenda que as escolas adotem o ensino remoto combinado com a volta gradual das atividades presenciais.

Para chegar na etapa 2, quando será permitido 70% dos alunos, é necessário que 60% dos DRS’s (Departamento Regional de Saúde) do Estado estejam há 14 dias na fase 4 (verde) do Plano São Paulo.

O retorno com todos os alunos só será permitido quando 80% dos DRSs estiverem na quarta fase há 14 dias.

Segundo o secretário de Educação do Estado, Rossieli Soares, caso alguma região regrida de fase no Plano São Paulo, a situação de cada cidade será analisada de forma individual. “Essas decisões serão sempre tratadas pela Saúde e pelo Comitê de Contingência da Covid-19”, afirmou.

Preferência

Segundo o secretário-executivo da Educação, Haroldo Corrêa Rocha, cada rede terá liberdade para definir quais alunos voltarão primeiro para as salas de aula. O cronograma para as escolas estaduais deve ser divulgado até o final de julho.

“Cada município tem um sistema. Vão ter liberdade para tomar essas decisões. Se voltam, por exemplo, primeiro e segundo ano do ensino médio, ou se voltam todos do terceiro ano. Isso ainda não está definido. Cada rede vai fazer seu protocolo”, explicou Rocha.