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SRAG

Disparam as notificações de síndrome respiratória grave na região

Americana teve 227 ocorrências da Síndrome Respiratória Aguda Grave, com 48 mortes nos primeiros seis meses deste ano

Por Marina Zanaki

26 de junho de 2020, às 09h08 • Última atualização em 26 de junho de 2020, às 09h31

As notificações de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) dispararam na região diante da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

Em Americana, foram notificados 227 casos até o momento, contra 27 nos seis primeiros meses do ano passado. A mortalidade também saltou: 48 pessoas morreram com SRAG este ano, contra três no mesmo período de 2019.

As outras 117 pessoas notificadas este ano tiveram alta. Entre as mortes, 21 foram por vírus respiratório não identificado, 21 pela Covid-19 e seis ainda aguardam resultado de exame.

Das três vítimas fatais no primeiro semestre do ano passado, uma morreu por influenza e duas por vírus respiratório não identificado.

Nova Odessa notificou 69 casos suspeitos de SRAG, dos quais 31 deram positivo para coronavírus e os demais estão relacionados a outros problemas, como edema agudo de pulmão e câncer. Em todo o ano passado, a cidade notificou seis casos de SRAG.

Santa Bárbara notificou 173 casos contra nove no mesmo período do ano passado. Esse ano, 77 notificações tiveram causa identificada como coronavírus e 96 como Influenza B.

Em Sumaré, foram 446 casos de SRAG, dos quais 125 foram confirmados para coronavírus. No mesmo período do ano passado, 71 pessoas apresentaram a síndrome. Hortolândia não informou os dados.

Além da própria circulação do vírus, que provoca SRAG nos casos mais graves, outro motivo que explica a disparada de casos é o protocolo de notificação.

Segundo a Prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste, o protocolo de notificação ficou mais rígido por conta da pandemia. A orientação é que qualquer sintoma gripal seja notificado.

Nova Odessa e Sumaré confirmaram que mudaram o protocolo seguindo determinação do Ministério da Saúde. Americana não respondeu.

Pneumologista da Unicamp e membro da Sociedade de Pneumologia e Tisiologia, Ricardo Siufi indicou uma terceira possível explicação para o aumento de casos. “Pode ter ocorrido um aumento na notificação por melhor conhecimento dos médicos da síndrome”, indicou.

Ele explicou que a SRAG ocorre entre os casos mais graves de coronavírus, aqueles que precisam de respirador e apresentam grave comprometimento pulmonar.

O paciente com SRAG apresenta infecção no trato respiratório inferior e dois sinais de alerta – aumento súbito na frequência da respiração (acima de 24 por minuto) associado à saturação no sangue abaixo de 94.

“O paciente apresenta sinais de desconforto respiratório, respira só pela barriga, os músculos do pescoço aparecem muito como sinal de quem está querendo puxar o ar”, explicou o pneumologista.

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