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ELEIÇÕES 2020

‘Custo do voto’ na Região do Polo Têxtil variou entre R$ 0,12 e R$ 45

Cálculo leva em conta o resultado da divisão entre gastos da campanha com o número de votos recebidos

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18 de novembro de 2020, às 08h47

O “custo do voto” dos 31 candidatos a prefeito nas cinco cidades da RPT (Região do Polo Têxtil) varia de R$ 0,12 a R$ 45,22. Em nenhum dos municípios o prefeito eleito teve o maior gasto por voto.

O levantamento foi feito pelo LIBERAL com base nos dados do DivulgaCand (Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais), plataforma mantida pelo Tribuna. Os valores gastos em cada campanha não são definitivos e devem mudar, já que a prestação de contas final pode ser feita até o trigésimo dia posterior às eleições.

O cálculo do “custo do voto” leva em conta o resultado da divisão entre os gastos informados pelos políticos ao TSE até o momento e o número de votos recebidos.

Santinhos espalhados na calçada no dia da eleição em Americana – Foto: Bruna Campanholo / O Liberal

O maior número registrado foi do candidato Rafael Macris (PSDB), de Americana, que ficou em terceiro lugar na eleição. Com gasto declarado de R$ 886.428,30, ele recebeu 19.573 votos, o que representaria R$ 45,28 por voto.

O prefeito eleito da cidade, Chico Sardelli (PV), gastou R$ 195.691,81 e teve 40.014 votos, ou seja, R$ 4,89 por voto.

Em nota, a coligação “Americana Grande De Novo”, encabeça por Rafael, disse não concordar com a ideia “já batida de ‘preço do voto’” e afirmou que a eleição não pode ser encarada como um mercado.

“Não tentamos vender um produto”, traz o texto. A coligação cita que é preciso levar em conta que entram nos gastos de campanha os recursos direcionados para os candidatos ao Legislativo.

Formada por 10 partidos, a coligação diz que garantiu auxílio jurídico, contábil e de material de campanha a todos os quase 170 candidatos, dos quais conseguiu eleger sete vereadores.

“É natural que, numa campanha grande e legalizada como a nossa, o recurso aplicado seja proporcional. [..] Ou seja, se alguém se dispuser a fazer essa conta, com a qual não concordamos, precisaria levar isso em consideração também”, traz a nota.

Já o menor “gasto” registrado foi de Major Crivelari (PSL), também de Americana. Com R$ 623,20 declarado e 5.187 votos, a média é de R$ 0,12 por voto. Ao LIBERAL, no entanto, o político disse que o gasto na declaração final deve girar em torno de R$ 70 mil.

“Estamos encerrando as declarações. Arriscamos uma campanha de rua sem nada e o ganho nosso é que temos cadeira efetiva [na câmara]. Antes era migratória”, disse Crivelari.

O candidato se refere ao vereador reeleito Marschelo Meche (PSL). Em 2016, ele se elegeu pelo PSDB e migrou para o PSL neste ano.

Região
Na cidade de Hortolândia, Dr. Zanardi (Pros) teve o mais gasto por voto (R$ 21,66), enquanto o do prefeito reeleito, Angelo Perugini (PSD), foi 10,07.

Em Nova Odessa, quem mais gastou foi Dr. Lourenço (PSDB), que ficou em segundo lugar, com média de R$ 20,64. Já o eleito Leitinho (PDT) gastou R$ 3,90.

Já em Santa Bárbara d’Oeste, o último colocado Marcos Fontes (PSL) teve gasto de R$ 4,87 por voto, enquanto o do eleito Rafael Piovezan (PV) foi de R$ 0,12.

E em Sumaré, o segundo colocado Decio Marmirolli (PDT) teve R$ 9,33 por voto, enquanto o prefeito reeleito Luiz Dalben (Cidadania) “gastou” R$ 9,10 por voto.

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