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Abastecimento

Consórcio PCJ compara estiagem atual com crise hídrica de 2014 e lança novo alerta

Volume total de chuvas entre os meses de setembro e novembro deve ficar de 10 a 50 milímetros abaixo da média climatológica em algumas cidades da região

Por Ana Carolina Leal

04 de setembro de 2021, às 16h18 • Última atualização em 04 de setembro de 2021, às 16h26

O Consórcio PCJ, da bacia dos rios Piracicaba, Capivaria e Jundiaí, emitiu nesta semana um novo alerta de emergência por causa do risco de desabastecimento de água na região. É o segundo em menos de um mês.

O documento apresenta que as vazões de afluência aos reservatórios estão em níveis muito similares aos verificados durante a crise hídrica de 2014, considerada a pior ocorrência climática da série histórica.

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As chuvas durante todo o ano de 2021 seguem com precipitações abaixo da média e, de acordo com nota técnica do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), o volume total entre setembro e novembro deve ficar de 10 a 50 milímetros abaixo da média climatológica, sendo que em algumas cidades da região até 100 milímetros menor.

Essa redução das chuvas pode ser ainda reflexo do último La Niña, que ocorreu no final de 2020 e início de 2021, porém, o boletim liberado pela NOAA (Administração de Oceanos e Atmosfera), dos Estados Unidos, confirma a reincidência de um novo La Niña em 2021/2022, com potencial de reduzir ainda mais as chuvas no período, o que pode comprometer a disponibilidade hídrica em 2022.

O consórcio informou ainda que um possível cenário de crise hídrica em 2022 pode ser mais complexo diante do processo eleitoral, que tende a politizar assuntos estritamente técnicos. Por isso, recomenda aos municípios e empresas associadas que criem grupos de gestão de crise hídrica, com o objetivo de traçar ações e planos de contingenciamento.

Até o momento, o abastecimento está regular nas cinco cidades que compreendem a RPT (Região do Polo Têxtil)Americana, Santa Bárbara d’Oeste, Nova Odessa, Sumaré e Hortolândia -, mas o cenário é considerado preocupante pelas autarquias, que têm investido em campanhas para alertar sobre a necessidade do uso consciente da água.

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