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‘Doidas de amor’: mãe e filha se dedicam ao voluntariado na AAANO

Voluntárias de associação em prol dos animais há mais de duas décadas, aposentadas inspiram e comovem pelo belo exemplo de altruísmo

Por Jucimara Lima

28 de novembro de 2021, às 10h04 • Última atualização em 29 de novembro de 2021, às 11h00

A rotina da aposentada Joceli Maleniez, de 62 anos, e sua mãe, Alcidia Bagarollo Maleniez, 92 anos, está totalmente voltada para a AAANO (Associação Amigos dos Animais de Nova Odessa).

Em casa, na cidade de Sumaré, elas são tutoras de quatro cachorros, porém, na associação novaodessense ajudam a cuidar de quase 500 animais, entre cães e gatos. O amor dos animais por elas é algo visível e sonoro, comprovado pela agitação que eles ficam assim que elas apontam na sede da entidade, entre pulos, latidos, miados e muita vontade de receber afago.

Mãe e filha dedicam a vida em prol da causa – Foto: Claudeci Junior / O Liberal

Por outro lado, o delas por eles não difere muito, afinal, cuidar é uma das melhores maneiras de demonstrar sentimento.

Emblemática, a história delas com a entidade começou há mais de 20 anos, quando indo de Sumaré para Santa Bárbara d’Oeste, as duas encontraram uma cachorrinha e seus oito filhotes abandonados no meio da Estrada Velha.

Durante o resgate, Joceli descobriu que ali perto havia uma associação e, com o objetivo de resolver a questão, buscou e encontrou ajuda. Sendo assim, além de resgatar os cachorrinhos, em pouco tempo acabou se tornando, juntamente com a mãe, uma voluntária da AAANO.

Joceli e Alcidia Maleniez são voluntárias da AAANO – Foto: Claudeci Junior / O Liberal

A cachorrinha resgatada com os filhotes na beira da estrada ganhou nome e lar. Predileta, como ficou conhecida foi morar com elas. Em contrapartida, mãe e filha ganharam uma nova motivação de vida: ser voluntárias de uma causa que elas mesmo sem saber, já defendiam há muito tempo.

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Jô, como é carinhosamente conhecida, tem como uma de suas memórias de infância o fato de que a mãe sempre levava animais de rua para casa. “Ela ia ao supermercado e voltava com um cachorrinho. Meu pai sempre falou para ela: você pode cuidar, desde que não comece a trazer tudo para casa”.

Bem-humorada, a voluntária conta que as pessoas costumam dizer que elas são “doidas” de fazer o que fazem.

“Eu peço muito para Deus me dar a mesma disposição que minha mãe tem até hoje de vir aqui toda semana até essa idade”, diz Joceli – Foto: Claudeci Junior / O Liberal

“Eu dou risada e concordo, afinal, para fazer o que fazemos tem que ser um pouco doida mesmo”, brinca. Lúcida e extremamente ativa, dona Alcidia faz questão de marcar presença pelo menos três vezes por semana na entidade.

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“Quando venho, demora uma meia hora para acalmar tudo, porque eles querem vir em cima para brincar”, comenta a aposentada, que ama cada demonstração de carinho.

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Todos os dias, a partir das 7h30 da manhã, é comum encontrar Jô envolvida com os afazeres da associação, algo que não muda nem no Réveillon, momento que ela faz questão de estar presente por conta dos fogos de artifício, que apesar de proibidos na cidade, ainda são soltos.

Amor aos animais motiva mãe e filha – Foto: Claudeci Junior / O Liberal

A voluntária conta que os animais ficam agitados, alguns se machucam e outros chegam até a morrer ao ficar enroscado tentando fugir e aproveita para apelar. “Gente, pedimos encarecidamente para que tenham consciência não só pelos animais, mas pelos velhinhos, crianças e autistas que também sofrem muito”.

Jô e Dona Alcidia não gostam muito de aparecer e só aceitaram falar atendendo ao pedido do presidente Thiago Rodrigues.

“A Jô é uma referência para todos os voluntários e também para a causa animal de Nova Odessa. O trabalho dela é fundamental e inspirador para que a gente não desista de salvar vidas inocentes. O que ela fez e faz sempre será um direcionamento para quem ama animais e quer fazer a diferença”, comenta. Atentas, elas conhecem a história de cada um dos animais e chamam todos pelos nomes.

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Falando em história, elas contam que alguns finais são muito felizes e outros nem tanto, afinal, têm animais que nascem, vivem e morrem na associação. “Os filhotes fofinhos são sempre a preferência. Os de raça também. Infelizmente, os que são muito magrinhos ou têm algum probleminha, normalmente, são rejeitados”, lamenta.

Ainda assim, basta dar uma rápida pesquisada nas redes sociais da associação para conhecer casos incríveis de recuperação e resgate mostrando o quanto o amor e o cuidado é capaz de transformar.

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