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Plano SP

Comerciantes da região se preparam para nova fase vermelha

Um ano após as primeiras restrições, empreendedores se sentem hoje mais confiantes para enfrentar fechamento

Por Marina Zanaki

06 de março de 2021, às 09h18 • Última atualização em 06 de março de 2021, às 09h21

Um ano após o governador João Doria (PSDB) decretar quarentena no Estado de São Paulo, a região enfrenta uma nova fase de restrições mais duras para o funcionamento de atividades econômicas. Comerciantes ouvidos pela reportagem do LIBERAL relataram estar mais preparados para a situação, com adaptações. Apesar de todos lamentarem a queda no faturamento, boa parte entende que a medida é necessária para tentar evitar o colapso iminente do sistema de saúde.

Administrador do Beto’s Cabeleireiros e Barbearia, de Nova Odessa, Wagner Paiva lamentou a restrição que passa a valer neste sábado. Ele calcula uma perda acumulada de 40% a 50% nos últimos 12 meses, e afirma que podem ocorrer demissões.

Wagner Paiva diz lamentar atual situação – Foto: Ernesto Rodrigues – O Liberal

“É um cenário adverso, sem perspectiva, estamos no aguardo da vacinação de toda a população. Só assim vamos conseguir voltar à normalidade”, disse Wagner.

Mesmo lamentando a queda de 50% no faturamento ao ficar apenas com delivery, a proprietária do restaurante Kitandinha, de Americana, Camila Guidolon, entende que o momento é de aumentar o isolamento social.

“É muito melhor ficar de portas abertas, mas a gente sabe que é uma coisa que não tem mais vaga nos hospitais, está cada vez mais caótico”, disse Camila. “Minha percepção é que uns 80% da população assumiu o risco de pegar, só que ao mesmo tempo deveriam fazer uma carta que não vão querer vaga em hospital e muito menos em UTI”, finalizou.

Quem concorda com a necessidade de fechamento é Kauré Martins, proprietário da Kalango Cervejaria e Hamburgueria, também de Americana. Ele disse que atuar por meio de delivery é um desafio, mas que o ano passado serviu como uma “escola” e desta vez o estabelecimento está mais preparado para enfrentar.

Kauré Martins aponta desafios do delivery – Foto: Ernesto Rodrigues – O Liberal

“A gente entende e concorda que tem que ser tomada essa medida hoje. Infelizmente, foi uma série de fatores, tanto do lado político quanto da própria sociedade, que trouxe a gente até esse ponto. Se todo mundo tivesse feito sua parte desde o começo, talvez não precisasse fechar de novo. A gente sabe nem todo mundo respeita, e quando existe restrição tem que ser para todo mundo, senão não tem eficácia”, cobrou o empresário.

Paula Wiezel, proprietária da Loja Vitrinni, de Santa Bárbara d’Oeste, entende que é contraditório fechar o comércio e deixar funcionando outros locais.

“A gente sabe que está grave, hospitais lotados, mas não acho que comércio seja o foco, estamos adotando todos os cuidados, higienização, sem aglomeração dentro da loja. Se for para fechar, deveria fechar banco, lotéricas, outros comércios que lotam mais, ter restrições em mercados para que tivesse menos fluxo”, opinou a empresária.

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