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Estiagem

Com tempo seco, maio teve 30% da chuva média esperada para o mês

Especialista disse que frentes frias têm se dissipado ao chegar ao interior, causando pancadas isoladas

Por Marina Zanaki

11 de junho de 2021, às 12h00 • Última atualização em 11 de junho de 2021, às 12h01

A precipitação em maio ficou abaixo da média esperada nas cidades da região. Historicamente, o mês registra em torno de 60 milímetros de chuva, mas Americana e Santa Bárbara apresentaram entre 20 e 23 milímetros, o que representa apenas 30%.

Os dados foram compilados junto à Sala de Situação PCJ (Piracicaba, Capivari e Jundiaí), Defesa Civil de Santa Bárbara d’Oeste e Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura) da Unicamp.

“Observamos que as frentes frias enfrentaram uma espécie de bloqueio. Tem tido mais chuvas na divisa com Paraná e no litoral paulista, mas no interior elas estão mais escassas. Quando acontece é mais fraca, isolada, ao invés da chuva bem generalizada e abundante”, explicou o meteorologista do Cepagri, Bruno Kabke Bainy.

Tempo seco predominou na região, durante os últimos dias, apesar das chuvas que caíram nesta quinta-feira – Foto: Arquivo / Liberal

O Consórcio das Bacias PCJ (Piracicaba, Capivari e Jundiaí) divulgou em 2020 três alertas relacionados à estiagem. O secretário executivo do órgão, Francisco Lahóz, explicou que a situação é preocupante, pois estão sendo registradas chuvas abaixo da média nos últimos cinco anos, impactando nos lençóis freáticos que são as nascentes dos rios que abastecem os municípios. A recomendação do Consórcio aos municípios é poupar o máximo possível.

“O Consórcio já fez três alertas em 2021 porque sempre acompanhamos as vazões dos rios e previsões meteorológicas. Por ter sido muito seco em 2020, prevíamos que 2021 seria mais grave. Assim como estamos concluindo que 2022 será gravíssimo”, alertou.

O DAE (Departamento de Água e Esgoto) de Santa Bárbara d’Oeste informou que, apesar das chuvas abaixo do esperado para maio, suas represas estão operando com 90% da capacidade, considerado normal. A autarquia recomendou o uso racional.

Em Nova Odessa, as represas estão com 77% da capacidade. Contando com a reposição a partir das chuvas de setembro, a Coden (Companhia de Desenvolvimento de Nova Odessa) avaliou que a cidade tem segurança hídrica. O DAE de Americana não comentou.

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