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Natureza

Florada de ipês colore a quarentena na região

Florada de ipês muda a paisagem de ruas e avenidas da região; outono e inverno são condições ideais para árvore

Por Isabella Holouka

05 de julho de 2020, às 08h16 • Última atualização em 05 de julho de 2020, às 08h21

Nesta semana, quem passa pela Rua Rui Barbosa, na região central de Americana, tem a oportunidade de admirar um ipê-rosa florido, fenômeno que dura cerca de cinco dias. Logo as pétalas começam a cair e as flores fecundadas se transformam em frutos, dando sequência ao ciclo reprodutivo da árvore.

Os ipês e sua exuberância colorida chamam a atenção de quem passa pelas ruas e avenidas da cidade, são uma tentação para as selfies e, felizmente, colorem a quarentena que vivemos em função do novo coronavírus (Covid-19).

Com a passagem do outono para o inverno, que tem dias mais curtos, os ipês têm as condições ideais para florescer, explica Edison Silvio Evangelista, engenheiro agrônomo da Secretaria de Cultura e Turismo, responsável pelo Jardim Botânico de Americana.

“Temos uma sequência de florescimento. Primeiramente o ipê-roxo, em maio ou junho. Na sequência, vem o ipê-rosa. Normalmente em agosto ou setembro é quando florescem os amarelos. E, por último, vem o ipê-branco”, afirma o engenheiro, que diz que cada cor se refere a uma espécie diferente da árvore.

Corredor de ipês em Nova Odessa – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

A função básica da coloração das flores é atrair agentes polinizadores, insetos e pequenas aves que se alimentam do néctar. Os frutos, originados das flores fecundadas, são parecidos com um tipo de vagem e tem sementes aladas e leves, facilmente transportadas com o vento.

Segundo Edison, a árvore ocorre praticamente em todo o Brasil e, embora a região de Americana tenha poucos remanescentes da mata original, há registros de ipês nos municípios locais.

Ipê na Rua Rui Barbosa, em Americana – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

“Sabemos que a nossa mata original era mista entre mata atlântica e cerrado, e tanto em um quanto em outro nós temos os ipês. É uma árvore de madeira nobre, que é muito densa e tem um crescimento lento”, acrescenta.

Os nomes da árvore, tanto o científico quanto o popular, vêm do tupi-guarani. Ipê significa “árvore de casca grossa” e tabebuia é “pau” ou “madeira que flutua”.

Ipê na Avenida Rafael Vitta, em Americana – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

“É uma planta que é naturalmente conhecida pelos indígenas. Naturalistas atribuem aos ipês características medicinais, consideram uma planta que produz um medicamento que pode ajudar em diversas doenças”, conta o engenheiro da secretaria.

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