Sem doses
Cobertura vacinal da pentavalente está abaixo do suficiente
Vacinação na Região do Polo Têxtil é menor que os 95% indicados pelo Ministério da Saúde; lote reprovado é problema
Por Marina Zanaki
28 de novembro de 2019, às 09h05 • Última atualização em 28 de novembro de 2019, às 11h03
Link da matéria: https://liberal.com.br/cidades/regiao/cobertura-da-vacina-pentavalente-esta-abaixo-do-suficiente-na-rpt-1112668/
A RPT (Região do Polo Têxtil) está com a cobertura da vacina pentavalente abaixo dos 95% indicados pelo Ministério da Saúde. Ao mesmo tempo, os municípios relataram que desde agosto estão recebendo doses abaixo da quantidade necessária. O motivo é que uma remessa foi reprovada nos testes e as compras interrompidas pelo ministério.
As doses devem ser aplicadas aos 2, 4 e 6 meses de vida. A pentavalente protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e a bactéria haemophilus influenza tipo b.
A cidade com pior cobertura na região é Santa Bárbara d’Oeste, que alcançou somente 48% das crianças. Em novembro, o município recebeu 800 doses. A Secretaria de Saúde ressaltou que tem recebido doses em quantidades menores do que o solicitado, mas não especificou quantas são realmente necessárias.
Já a Secretaria de Saúde de Americana calcula que precisa de 4 mil doses mensais. Em outubro, recebeu apenas 500. Em novembro, foram mil. A cobertura está em 81% no município. A Secretaria de Saúde de Hortolândia informou que a oferta da pentavalente não está regular em todas as unidades por conta da redução na quantidade recebida.
O município disse que observou que a distribuição está sendo restabelecia de forma progressiva. A cobertura em Hortolândia está em 80%.
Em Sumaré, a cobertura alcança os 51%. Entre outubro e novembro, a cidade recebeu 2.250 doses da vacina. Nova Odessa não respondeu.
Distribuição
Responsável pela distribuição, o Ministério da Saúde informou dois motivos que explicam os problemas relatados pelos municípios.
O primeiro é que uma carga de 4 milhões de doses que chegou ao Brasil está aguardando a Baixa do Termo de Guarda pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
A segunda situação se refere a uma remessa de vacina pentavalente adquirida por intermédio da OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde), reprovada em testes de qualidade.
“A pasta solicitou a reposição do fornecimento à OPAS, mas não há disponibilidade imediata da vacina e ela não é fabricada no Brasil”, explicou o ministério.
Foram compradas 6,6 milhões de doses, que começaram a chegar de forma escalonada em agosto. “Quando os estoques forem normalizados, o SUS fará busca ativa pelas crianças que completaram dois, quatro ou seis meses de idade entre agosto e novembro para vaciná-las”, justificou a pasta federal.