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Abastecimento

Chuva abaixo da média faz Consórcio PCJ ligar alerta para risco de escassez

Prefeituras afirmam que o abastecimento está normal, mas que chuvas são necessárias para manter situação sob controle

Por Ana Carolina Leal

13 de janeiro de 2022, às 08h02 • Última atualização em 13 de janeiro de 2022, às 08h03

Com chuvas abaixo do esperado no ano passado e previsão de que o cenário seja o mesmo em 2022, o Consórcio PCJ (Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí) emitiu, nesta semana, um alerta aos municípios e empresas associados à entidade sobre possível escassez nos próximos meses.

Segundo a associação, 2021 seguiu a tendência dos últimos anos e registrou 23,1% menos chuva do que aponta as médias históricas. E com menos chuva, as vazões dos rios diminuem, acarretando menor oferta hídrica. Alguns mananciais, afirmou o consórcio, chegaram a apresentar vazões 67,5% menores que o normal.

Rio Piracicaba: consórcio emitiu alerta sobre possível escassez nos próximos meses – Foto: Claudeci Junior / O Liberal

O alerta revela, ainda, que as chuvas no Sistema Cantareira, importante manancial para as Bacias PCJ e a Grande São Paulo, foram as menores já registradas para períodos sem crises hídricas, desde o ano 2000. O ano de 2021 registrou 1.087,60 mm (milímetros), quando a média histórica prevê que sejam 1.504,80 mm.

Os técnicos da bacia PCJ destacam a importância para que o período atual registre boas precipitações, pois, a possibilidade de crise hídrica em 2022 só poderá ser afastada se os reservatórios do Cantareira se recuperarem e atingirem 60% de reservação até o início da estiagem, na segunda quinzena de abril.

Em nota, o DAE (Departamento de Água e Esgoto) de Americana afirmou que acompanha o trabalho de controle hídrico realizado pelo consórcio, por isso é mantido um estado de atenção permanente.

De acordo com a autarquia, o barramento construído abaixo da unidade de captação de Americana, no limite com Limeira e próximo à empresa Suzano, no Nova Carioba, é o que vai garantir o abastecimento na cidade, apesar da diminuição das chuvas.

A Sabesp informou que Hortolândia é abastecida pelo Rio Jaguari, também pertencente à Bacia PCJ, e, neste momento, a vazão está dentro do esperado para esta época do ano. O abastecimento, portanto, segue normal.

O DAE de Santa Bárbara d’Oeste afirmou que a situação hídrica no município está controlada para a época e conta com o período de chuvas para reposição completa dos mananciais.

“A cidade possui três represas de abastecimento público e, além disso, desde 2014 possui alternativas para casos extremos”, afirmou.

A Coden Ambiental, responsável pelo serviço de saneamento básico de Nova Odessa, informou que, apesar de o mês de dezembro ter apresentado um volume de chuvas abaixo do esperado, o total de água bruta armazenada nas represas do município vem se mostrando normal para o período. Segundo o órgão, caso o volume de chuvas registrado em janeiro e fevereiro volte a ficar na média esperada para estes meses, o abastecimento de água será mantido sem previsão de suspensão durante todo o ano de 2022.

A BRK Ambiental, responsável pelo serviço de saneamento básico de Sumaré, não se manifestou até o fechamento desta edição.

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