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Região

Carreata contra Doria é realizada em Americana e Santa Bárbara

Segundo estimativa da Polícia Militar, 35 veículos participaram do ato; organização estimou entre 100 e 150 veículos

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05 de dezembro de 2020, às 13h40 • Última atualização em 05 de dezembro de 2020, às 13h42

Uma carreata contra o governador João Doria (PSDB) foi realizada na manhã deste sábado (5), percorrendo ruas de Americana e Santa Bárbara d’Oeste. Organizado pelo Movimento Pra Frente Brasil, a ação protestou contra o retorno da região para a fase amarela do Plano São Paulo.

Segundo estimativa da Polícia Militar, 35 veículos participaram do ato. O vereador reeleito Marschelo Meche (PSL), que faz parte do movimento, estimou entre 100 e 150 carros. A adesão ficou bem abaixo da expectativa da organização, que esperava reunir 500 veículos.

Os veículos se concentraram em frente à loja Havan, na Avenida Santa Bárbara. A carreata percorreu a Avenida Campos Salles, região Central de Americana, Avenida da Saudade e terminou na Avenida Antonio Pinto Duarte.

Marschelo Meche disse que o governador está fazendo uso político da pandemia. “A gente não pode aceitar esse desgoverno de Doria, que disse antes das eleições que não iria restringir o comércio, e um dia após as eleições colocou o Estado inteiro na faixa amarela”, disse.

Em Americana, a prefeitura autorizou o funcionamento do comércio por 12 horas no horário de final de ano. O comércio de Santa Bárbara vai cumprir a determinação do Estado e funcionará das 11h às 21h a partir de segunda-feira (7).

Pedindo o impeachment do governador, o protesto disse que Doria está buscando “desestabilizar” o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e implantar o comunismo e globalismo. Durante o ato, além da regressão no Plano São Paulo, foram mencionados ainda o aumento de impostos e de pedágios no Estado de São Paulo.

– Foto: Marcelo Rocha – O Liberal

O deputado estadual Cauê Macris (PSDB) foi citado por “anuência” às medidas adotadas pelo governador João Doria. Essas decisões não passam pela Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo). A assessoria do deputado não comentou as declarações.

RESPOSTA DO ESTADO
Questionado sobre a ação, o Governo do Estado de São Paulo divulgou uma nota ao LIBERAL esta semana ressaltando que respeita a livre manifestação, mas lamenta a realização desse tipo de ação em meio à pandemia. Neste sábado, o governo não fez novos comentários sobre o ato. Confira a nota na íntegra:

O Governo do Estado de São Paulo respeita a livre manifestação, mas lamenta que se promova esse tipo de ação, contra a saúde pública, em meio à grave crise sanitária provocada pela pandemia do coronavírus.

É mentira que a fase amarela feche atividades econômicas, nela há apenas restrição do horário de funcionamento dos estabelecimentos. O Plano São Paulo é pautado por dados técnicos e científicos de monitoramento da evolução da pandemia e da capacidade do sistema hospitalar.

O Governo de São Paulo sempre foi absolutamente transparente em relação aos dados relacionados à pandemia e agiu com prudência para conter a piora dos indicadores do coronavírus no estado.

Todas as decisões são tomadas com base nas diretrizes colegiadas de 20 especialistas do centro de contingência, instituído em 26 de fevereiro, mesmo dia do surgimento do primeiro caso no estado.

Fomos o primeiro estado do Brasil a criar um centro de especialistas para que as decisões fossem tomadas todas com base na ciência e na preservação de vidas de maneira consensual.

O Governo de SP reitera o seu compromisso de proteger a vida dos seus cidadãos e tomará todas as medidas cabíveis dentro do escopo do Plano São Paulo para cumprir a sua missão.

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