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Região

Câmaras da região custaram R$ 89 milhões na pandemia

Somente câmaras de Americana e Hortolândia reduziram custos entre 2019 e 2020

Por Rodrigo Alonso

11 de abril de 2021, às 08h42

Câmara de Americana reduziu total de gastos de R$ 23,63 milhões para R$ 23,18 milhões - Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

As câmaras da RPT (Região do Polo Têxtil) gastaram, ao todo, R$ 89,6 milhões em 2020, primeiro ano da pandemia do coronavírus (Covid-19). Os números foram divulgados pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado).

Em dois municípios, houve queda de custos na comparação com 2019: Americana, de R$ 23,63 milhões para R$ 23,18 milhões, e Hortolândia, de R$ 27,46 milhões para R$ 26,44 milhões.

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Em Americana, a câmara informou que reduziu em R$ 100 mil os gastos com funcionamento, após ter revisado contratos de fornecedores, e também diminuiu em R$ 200 mil as despesas com pessoal. Os servidores, por exemplo, não tiveram reposição salarial em 2020.

Ao final do ano, o então presidente do Legislativo, Luiz da Rodaben (Cidadania), devolveu R$ 6,9 milhões ao Executivo, quantia referente ao duodécimo não utilizado durante o exercício. “A devolução nossa é a maior de todos os tempos”, disse o vereador licenciado, que hoje atua como secretário municipal de Habitação.

Hortolândia, apesar da redução, continua com a câmara mais cara da região, tanto em número absoluto como em custo per capita. Há um gasto de R$ 112,90 por habitante – esse é um dos dados considerados pelo TCE no relatório. Procurado pela reportagem, o Legislativo não se manifestou.

Nas outras três cidades, os gastos subiram: de R$ 4,86 milhões para R$ 5,08 milhões em Nova Odessa, de R$ 14,58 milhões para R$ 14,59 milhões em Santa Bárbara d’Oeste e de R$ 19,89 milhões para R$ 20,36 milhões em Sumaré.

Em Nova Odessa e Santa Bárbara, o motivo apontado pelos presidentes da época foi a inflação, que fechou 2020 em 4,52%.

Segundo Vagner Barilon (PSDB), que comandava a câmara novaodessense, em março houve a contratação de um servidor para a secretaria, vaga preenchida por meio de um concurso realizado em 2018.

Mas, ao longo do ano, o Legislativo promoveu cortes, de acordo com o ex-vereador. “Cancelamos todas as horas extras, implementamos o home office quando a função era compatível e cancelamos todos os investimentos previstos da câmara. Houve redução nas despesas com energias e materiais”, comentou.

Presidente da câmara barbarense em 2020, o atual vice-prefeito Felipe Sanches (PDT) também afirmou ter cortado despesas, o que teria freado o aumento de custos.

“A câmara realizou um trabalho conjunto de todos os setores para a redução das compras e contratações dos serviços, mantendo somente o essencial para o seu funcionamento”, declarou.

Gasto câmaras – Foto:

Em Sumaré, onde a presidência continua ocupada por Willian Souza (PT), o Legislativo comunicou que, após o início da pandemia, manteve apenas as despesas fixas com manutenção predial, de equipamentos, insumos e segurança.

A câmara apontou que, desde o começo da atual gestão, procurou reduzir gastos e, em busca de maior transparência e eficiência, fez investimentos voltados para modernização, atualização e informatização “de diversos processos que havia anos estavam defasados”.

“Grande parte destes processos licitatórios foram admitidos no período anterior a pandemia”, pontuou, em nota. Mesmo mais cara do que em 2019, a câmara permaneceu, em 2020, com o menor custo per capita da RPT, com R$ 71,17 por morador.

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