Negligência
Bebê de 7 meses morre três dias depois de ser medicado
Criança deu entrada no Pronto-Socorro Edison Mano, em Santa Bárbara, na quinta-feira, onde recebeu três injeções e receitas de dois medicamentos
Por Marina Zanaki
05 de novembro de 2019, às 08h03 • Última atualização em 05 de novembro de 2019, às 15h16
Link da matéria: https://liberal.com.br/cidades/regiao/bebe-de-7-meses-morre-tres-dias-depois-de-ser-medicado-1101032/
Um bebê de sete meses morreu neste domingo, após receber atendimento em unidades de saúde da RPT (Região do Polo Têxtil) – primeiro em Santa Bárbara d’Oeste, onde foi medicado, e depois em Americana, onde a morte foi constatada. A família afirma que houve negligência médica.
A criança havia sido atendida no Pronto-Socorro Edison Mano, em Santa Bárbara, na quinta-feira, onde recebeu três injeções e receitas de dois medicamentos.
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Seu estado piorou e no domingo pela manhã ele não acordou. A família procurou o Pronto Atendimento do Antonio Zanaga, em Americana, mas a equipe não conseguiu reanimá-lo.
Daniele Tamara Palheiro, de 20 anos, mãe da criança, disse que Brayhan estava com diarreia, vômito e febre quando deu entrada no Edison Mano.
A médica que o atendeu prescreveu três injeções na unidade, e os pais temem que tenha ocorrido uma reação alérgica ou superdosagem. Daniele aponta que o filho não passou por nenhum exame.
“Falaram que era dente e saíram dando três injeções. Nem adulto toma isso. Ele tinha sete meses, como vai tomar três de uma vez?”, questionou Ueliton Antonio Rosa, 28 anos, pai do bebê.
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O corpo passou por exame no IML (Instituto Médico Legal), que vai apontar a causa da morte em 90 dias. Ele foi enterrado nesta segunda-feira no Cemitério Parque Gramado. Na noite de ontem, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) informou que não seria possível localizar o caso por conta do horário.
A Secretaria de Saúde de Santa Bárbara d’Oeste, em nota, disse que o bebê “recebeu todos os atendimentos pertinentes ao quadro, que era de diarreia e vômito. Após a liberação, a mãe da criança foi orientada a retornar ao serviço, caso o quadro não melhorasse ou houvesse piora. Entretanto, não há registro de atendimentos posteriores no PS. Em relação à causa da morte, a prefeitura não possui elementos para se pronunciar, já que o óbito não ocorreu na unidade”.
Segundo a coordenação do PA Zanaga, “a criança deu entrada na unidade já sem vida, apresentando um quadro cianótico e com sinais de rigidez cadavérica. Ainda assim, os profissionais tentaram a reanimação, porém sem sucesso”.