12 de setembro de 2024 Atualizado 18:30

Notícias em Americana e região

8 de Agosto de 2019 Atualizado 13:56
MENU

Publicidade

Compartilhe

SEGURANÇA

Apreensões de celular voltam a subir nos presídios da região

Casos aumentaram 44,6% no primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2023

Por Cristiani Azanha

12 de agosto de 2024, às 08h53

Após uma queda de 2022 para 2023, a quantidade de celulares apreendidos nas unidades prisionais da região voltou a aumentar no primeiro semestre deste ano, conforme levantamento realizado pela SAP (Secretaria Estadual da Administração Penitenciária) a pedido do LIBERAL. A alta foi de 44,6%.

Nos seis primeiros meses deste ano, houve 282 apreensões, das quais 100 foram realizadas no ambiente externo e um aparelho foi encontrado com um visitante que tentava ingressar no presídio em dia de visita.

Complexo Penitenciário Campinas-Hortolândia – Foto: Marcelo Rocha/Liberal

Em 2023, a secretaria havia registrado 195 casos nesse período. Nessas apreensões, 71 aparelhos foram encontrados na área externa dos presídios e três aparelhos foram localizados em correspondências.

📲 Receba as notícias do LIBERAL no WhatsApp

No primeiro semestre de 2022, o número tinha sido ainda maior, com 491 ocorrências. Desse total, 108 ocorreram no ambiente externo. O levantamento engloba os presídios de Americana, Sumaré e Hortolândia.

A SAP enfatiza que, em todos os anos, a maioria das apreensões aconteceu nos CPPs (Centros de Progressão Penitenciária) onde ficam custodiados os beneficiados com o regime semiaberto pela Justiça.

O presidente do Sindespe (Sindicato dos Agentes de Escolta e Vigilância Penitenciária do Estado de São Paulo), Antonio Pereira Ramos, diz que esse aumento se deve à implantação da Polícia Penal, que faz rondas armadas nos ambientes externos dos presídios desde dezembro de 2023.

Siga o LIBERAL no Instagram e fique por dentro do noticiário de Americana e região!

“Anteriormente, os agentes não faziam essa ronda contínua e também não portavam armas no ambiente interno de trabalho. Grande parte dos objetos é trazida por reeducandos que cumprem pena em regime semiaberto. Geralmente, eles retornam da rua com o celular e escondem em algum lugar para buscá-lo em outra oportunidade. Há situações em que os comparsas também arremessam os objetos na área ocupada pelos presos”, explica Ramos.

Segundo ele, os celulares oferecem perigo quando estão nas mãos dos detentos. “No interior do presídio, o aparelho vira uma arma, pois é por meio deles que os criminosos podem mandar matar, extorquir, ameaçar e fazer contato com outros integrantes do bando que estão nas ruas”, afirma.

Faça parte do Club Class, um clube de vantagens exclusivo para os assinantes. Confira nossos parceiros!

Publicidade