19 de abril de 2024 Atualizado 10:45

8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
MENU

Publicidade

Compartilhe

Criminalidade

Após ações policiais, roubo de carga cai 58%

Polícia Civil de Sumaré, cidade líder de casos na RPT (Região do Polo Têxtil), focou investigação em ponto estratégico para combater roubo de carga

Por Marina Zanaki

27 de julho de 2019, às 08h36

O roubo de carga caiu 58% no primeiro semestre deste ano na RPT (Região do Polo Têxtil) em comparação com o mesmo período de 2018. A redução ocorre após o crime bater recorde, com 268 casos no ano passado, e provocar uma mobilização das forças policiais.

Nos primeiros seis meses de 2019, foram 61 roubos de carga na região. Destes, 32 ocorreram em Sumaré. No mesmo período em 2018, eram 148 casos, dos quais 83 em Sumaré.

Foto: João Carlos Nascimento/O Liberal
Roubo de carga teve queda na região, segundo dados da SSP

Em comparação com 2017, também houve queda, já que nos seis primeiros meses daquele ano haviam sido 100 casos. Os números foram divulgados pela SSP (Secretaria Estadual da Segurança Pública)

Para o delegado do 4º DP (Distrito Policial) de Sumaré, Marcelo Moreschi, a redução tem relação com ações de investigação concentradas no Terminal Intermodal de Cargas de Campinas, localizado no limite com Sumaré e com acesso às principais rodovias da região.

O complexo reúne cerca de 90 empresas de logística e transporte e tem a porta de entrada na Avenida Minasa, no Matão, em Sumaré.

O delegado também citou como importante a integração com a Polícia Civil de Campinas, Guarda Civil e Polícia Militar, bem como os esforços concentrados em localizar grupos que atuavam no entroncamento entre as rodovias Anhanguera, Bandeirantes e Dom Pedro.

Em entrevista ao LIBERAL, Moreschi se disse “impressionado” com a queda nos índices, mas negou que se tratasse de coincidência. Segundo ele, cada roubo de carga era acompanhado, com investigação minuciosa logo após o crime.

“Notificávamos o proprietário da empresa, ele acompanhava e a gente fazia reconstituição do roubo para ver se realmente condizia, procurávamos por câmeras de segurança. Foi dado tratamento pessoal para cada caso”, explicou.

Moreschi acredita que possíveis fraudes envolvendo aliciamento de motoristas foram coibidas após as ações policiais. “Fomos acompanhar trajeto. Se tinha alguém que estava com essa intenção, esse procedimento coibiu esse tipo de conduta”, declarou.

Operação

O delegado contou que diversos grupos criminosos foram identificados e houve desmantelamento de quadrilhas. Ainda há inquéritos em andamento com pedidos de prisão.

Segundo Moreschi, o modus operandi dos criminosos era diverso. Incluía, por exemplo, sequestros de motoristas, que eram levados a condomínios nas proximidades e feitos reféns enquanto faziam o transbordo da mercadoria.

Publicidade