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Covid-19

Americana e Santa Bárbara tem abril como o mês mais mortal da pandemia

Cidades superaram óbitos recordes registrados no mês passado

Por Marina Zanaki

29 de abril de 2021, às 07h42 • Última atualização em 29 de abril de 2021, às 11h25

Abril é o mês com a maior mortalidade pelo novo coronavírus (Covid-19) desde o início da pandemia em Americana e Santa Bárbara d’Oeste. As cidades registraram, respectivamente, 102 e 98 óbitos em abril até agora, superando os recordes que haviam sido batidos em março. O levantamento leva em conta a data da morte.

A Vigilância Epidemiológica de Americana informou mais quatro vítimas do coronavírus nesta quarta, totalizando 494 desde o início da pandemia.

Os 102 óbitos na cidade ao longo do mês superaram os 101 registrados em março. A mortalidade em abril é mais do que o dobro do registrado no pico da pandemia no ano passado. Em julho, foram 46 mortes, e em agosto foram registradas 45.

Desde o início da pandemia, Americana registrou 15.919 pessoas infectadas pela Covid, com 15.054 que conseguiram se recuperar da doença.

Santa Bárbara também informou quatro óbitos nesta quarta. Do total de 477 mortes que a cidade registra desde o início da pandemia, 98 foram em abril. No mês passado, o município havia contabilizado 96 óbitos. Assim como em Americana, os meses com mais mortes em 2020 foram julho (60 óbitos) e agosto (62 vítimas).

Em Santa Bárbara, 14.488 moradores foram infectados pelo vírus desde o início da pandemia, com 13.371 pacientes que se recuperaram.

Médica que atua na linha de frente da pandemia, a infectologista Ártemis Kílaris indicou que há uma tendência de estabilização nos novos casos e internações no final de abril, mas que os óbitos registrados este mês refletem infecções ocorridas no pico da segunda onda.

“Provavelmente, todos esses casos que estamos tendo, esse número absurdo de casos, são da nova variante (P1, de Manaus). É altamente contagiante, aumentaram os casos por ser mais transmissível. Mas estão mais graves também, acho que é importante ressaltar isso. Por isso que as UTIs estão ficando lotadas, os pacientes internam já com acometimento de 60% a 70%, e já vão para a UTI direto. Final de março e começo de abril foi desse jeito”, disse a médica, que trabalha na rede particular de Americana.

Ocupação de leitos

Os quatro hospitais de Americana com leitos de UTI Covid-19, incluindo a rede pública e privada, somavam 58 pacientes internados nesta quarta.

Apesar de ainda estar longe da média de 30 internados do início de março, houve uma redução significativa em relação ao pico. No dia 31 de março, por exemplo, eram 85 internados em leitos de UTI. As enfermarias também registram diminuição na taxa de ocupação em relação há um mês. Haviam 53 pacientes internados nesta quarta, enquanto no dia 31 de março eram 106.

Os leitos com e sem respiradores da rede pública de Santa Bárbara tinham 92% de ocupação nesta quarta. Houve ligeiro incremento nas internações em relação a terça, que registrava 88% de ocupação com respiradores e 83% sem.

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