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REGIC 2018

Americana e Santa Bárbara se tornam ‘capital regional’ de Campinas

Classificação consta em estudo divulgado pelo IBGE nesta quinta-feira, que também elevou Campinas à condição de metrópole

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26 de junho de 2020, às 09h02 • Última atualização em 26 de junho de 2020, às 15h46

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta quinta-feira (25) que as cidades de Americana e Santa Bárbara d’Oeste se tornaram conjuntamente “capital regional” da região de Campinas.

A nova classificação consta no estudo Regic (Regiões de Influência das Cidades) referente ao ano de 2018, que é atualizado a cada dez anos.

Na mesma publicação, Campinas foi elevada à categoria de metrópole. A cidade é a primeira e até agora única que não é capital de seu Estado, já que a cidade de São Paulo é tida como “grande metrópole nacional”.

Segundo o IBGE, os arranjos populacionais são classificados em cinco níveis: metrópoles, capitais regionais, centro sub-regionais, centros de zona e centros locais.

As capitais regionais são centros urbanos com alta concentração de atividades de gestão e que trazem influência e atratividade para comércio de bens e serviços.

A mudança de categoria leva em consideração a presença de empresas e órgãos públicos e o nível de interesse que a cidade exerce sobre moradores de outros municípios.

No estudo, é apontado que o Arranjo Populacional de Americana – Santa Bárbara d’Oeste foi classificado como capital regional da região de influência de Campinas por possuir elevada produção industrial.

“A renda gerada pelas atividades econômicas existentes na região de influência de Campinas produziu o maior valor de PIB per capita dentre as metrópoles, alcançando quase R$ 49 mil anuais por habitante”, traz trecho do Regic.

De acordo com o gerente de Redes e Fluxos Geográficos do IBGE, Bruno Dantas Hidalgo, Americana e Santa Bárbara foram classificadas conjuntamente por conta do nível de integração entre os municípios. Dois fatores são fundamentais para a categorização.

“O primeiro são os movimentos diários para trabalho e estudo. Entre Americana e Santa Bárbara, você tem um grau de deslocamento tão grande que elas ficam consideras conjuntamente. E o segundo critério, associado, é um patamar de proximidade de áreas urbanas, de mancha urbana das cidades”, explicou Hidalgo.

Segundo o professor do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e pesquisador do Nepo (Núcleo de Estudos de População), José Marcos Pinto da Cunha, a cidade de Americana é considerada “há muitos anos” como uma espécie de “subpolo” da RMC (Região Metropolitana de Campinas).

“Americana tem uma dinâmica bem própria, principalmente com Santa Bárbara. São duas cidades que têm pouca relação com Campinas, por exemplo. Americana tem um potencial que basicamente se vale por si própria em muitos sentidos. Ao contrário da relação de Campinas com Valinhos e Hortolândia, você não vê essa relação com Americana”, comentou Cunha.

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