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Ferrovia

Agência quer estudar impacto do Trem Intercidades

Agemcamp tenta prever mudanças comerciais, sociais e econômicas que projeto trará para a Região Metropolitana de Campinas

Por André Rossi

28 de janeiro de 2020, às 09h17 • Última atualização em 28 de janeiro de 2020, às 09h21

Foto:

"Trem e trilhos" by Cadu Simoes is licensed under CC BY-SA 2.0

A primeira fase do projeto do trem, que envolve o trecho que ligará Campinas a São Paulo, levará no mínimo quatro anos para ser concluída

A Agemcamp (Agência Metropolitana de Campinas) pretende iniciar ainda neste ano um estudo sobre os impactos que a implantação do Trem Intercidades trará para as cidades da região metropolitana. A ideia é começar a discutir o projeto em março e buscar parceria com a Unicamp.

A sugestão para o estudo sobre o assunto foi encabeçada pelo assessor técnico da Secretaria de Planejamento e Fazenda do Estado de São Paulo, Maurício Hoffmann, que também é membro do Conselho de Desenvolvimento da RMC.

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“O trem é um investimento extremamente grande. As relações comerciais, econômicas e sociais serão alteradas nesse contexto porque nós vamos ter uma migração de pessoas muito grande. Um fluxo grande de pessoas saindo da região, se dirigindo a São Paulo de forma pendular, ou seja, vai um dia, volto no outro ou no mesmo”, comentou Hoffmann.

Na última terça-feira, o secretário executivo de Transportes Metropolitanos do Estado, Paulo Galli, informou que a primeira fase do projeto do trem, que envolve o trecho que ligará Campinas a São Paulo, levará no mínimo quatro anos para ser concluída. Já a segunda etapa conectará o trem até Americana, o que só deve ser iniciado após a conclusão da primeira, prevista para 2025.

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A audiência pública está prevista para o mês de abril, com publicação do edital em junho. O contrato com a vencedora deve ser assinado no início de 2021. No documento, constará a obrigação da empresa desenvolver o trecho até Americana, segundo Galli.

Para Hoffmann, o trem já é uma realidade, o que reforça a importância de antecipar necessidades. “Qual é a ideia de um estudo dessa natureza? É você saber que de cada real que você coloca na RMC, quanto isso vai gerar de emprego, renda? Isso vai gerar aumento de recursos da renda das famílias? Quanto isso vai gerar de gasto no comércio? Vai favorecer atividades de serviço, educação, saúde?”, questionou.

De acordo com o diretor executivo da Agemcamp, Antonio Sacilotto, o assunto será discutido na reunião da agência em março. Uma parceria com a Unicamp é cogitada, já que a universidade vai trabalhar com a agência para concluir o PDDI (Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado).

“Nós vamos inserir na finalização do PDDI exatamente o impacto que você vai ter na região com o trem. Ele vai ser muito maior do que inicialmente pode se imaginar, de simplesmente alguém que vai montar numa composição e descer em São Paulo”, disse Sacilotto.

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