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Investigação

Suposto caso de estupro em Nova Odessa era falso

Menina de 14 anos havia relatado suposto estupro, mas contou aos seus responsáveis que na verdade havia feito sexo consensual com um rapaz de 16 anos

Por Guilherme Magnin

05 de agosto de 2019, às 18h31

A Polícia Civil de Nova Odessa afirmou nesta segunda-feira (5) que um estupro denunciado por uma adolescente de 14 anos na última sexta-feira (2), na realidade não aconteceu. A garota inicialmente disse que perdeu a consciência por quase seis horas após ter sido abordada, mas confessou aos pais que havia mentido aos policiais.

Os responsáveis pela adolescente foram ouvidos na delegacia do município, na manhã desta segunda. Aos investigadores, eles disseram que a menina havia contado a eles que, na verdade, passou a manhã na casa de um menino de 16 anos e que fez sexo consensual com ele, enquanto os pais do garoto não estavam no imóvel.

Foto: Arquivo/O Liberal
Polícia Civil de Nova Odessa informou que a adolescente admitiu ter mentido sobre estupro

“Ela, por medo de ter chegado tarde e para justificar a demora, uma vez que os pais ficariam sabendo da ausência na escola, resolveu agir assim. Não ocorreu crime de estupro e sim uma falsa comunicação de crime por parte de uma adolescente”, afirmou o investigador Marcos Mela, da Polícia Civil de Nova Odessa, ao LIBERAL.

O investigador conta que desconfiou desde o início do relato da estudante por causa das inconsistências apresentadas no depoimento. Nele, a adolescente afirmou que durante o trajeto entre a sua casa e a Escola Estadual Dr. Joaquim Rodrigues Azenha, onde estuda, foi abordada por um desconhecido por volta das 6h40.

Ela disse ainda que depois disso perdeu a consciência e só foi retomá-la mais de cinco horas depois, quando teria acordado em um matagal próximo a um rio, nas imediações da Escola Objetivo, da Vila Azenha.

A estudante contou o que se lembrava a uma pessoa que a encontrou após caminhar por um tempo e foi levada à delegacia. Uma investigação foi aberta pela Polícia Civil na tentativa de encontrar o suposto agressor.

As câmeras de segurança de todo o trajeto da menina até a escola foram acessadas, sem identificar irregularidades, segundo o investigador. “Desconfiamos da forma como narrou o fato, o tempo que supostamente teria ficado com o ‘estuprador’, a distância de onde foi arrebatada até o local do ‘estupro’, de não se lembrar de nada. Enfim, não passava confiança no fato narrado”, acrescentou.

O inquérito policial foi concluído e será encaminhado à Justiça, sendo que a menina deve responder por falsa comunicação de crime. Como é menor de idade, o caso se trataria de um ato infracional. Procurado pelo LIBERAL, o pai dela não quis se posicionar.

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