Feminicídio
Pai de mulher assassinada por ex-namorado relata ameaças
Sidmara Oliveira da Silva tinha contado para o pai, que mora no Paraná, que já havia sido agredida por Lucas e que pretendia se mudar para o Sul
Por André Rossi
08 de agosto de 2019, às 09h32 • Última atualização em 08 de agosto de 2019, às 17h55
Link da matéria: https://liberal.com.br/cidades/nova-odessa/pai-de-mulher-assassinada-por-ex-namorado-relata-ameacas-1055803/
O pai da ajudante de produção Sidmara Oliveira da Silva, assassinada no último domingo pelo fisiculturista Lucas Ribeiro Ramos, foi quem apontou que o crime poderia ter sido cometido pelo ex-namorado.
Isaías da Silva, que mora no Paraná, ainda relatou ao LIBERAL que sua filha já havia sido agredida por Lucas e que pretendia se mudar para o Paraná, já que a mãe dela está com problemas de saúde.
O corpo de Sidmara foi encontrado pela PM na manhã desta quarta-feira, na casa em que ela morava sozinha, na Avenida São Gonçalo, no Santa Rita 1, em Nova Odessa. Lucas chegou a lamentar a morte da ex-namorada em uma postagem no Facebook antes de ser encontrado e detido. A prisão temporária dele já foi decretada pela Justiça.
Isaías revelou que Sidmara já tinha dado para ele o endereço do suspeito com medo de que algo acontecesse com ela.
“Esse cara era namorado dela e ela não queria mais, ele só vinha comer nas custas dela. Ele ameaçava ela, já bateu nela. Já quase matou. Enforcou ela uma vez e dessa vez enforcou de vez. E deixou o endereço dele aqui porque se alguma coisa acontecesse com ela, era pra mandar a polícia ir nesse endereço. A minha filha deixou o endereço certinho”, contou Isaías.
Indagado pela PM (Polícia Militar), o homem teria dito que não aceitava o fim do relacionamento e que ela “ameaçava” contar para a mãe dele que o fisiculturista pedia dinheiro para a vítima. O delegado não quis detalhar como foi o depoimento de Lucas.
A defesa admite que ele é réu confesso, mas sustenta que as supostas motivações reportadas pela PM não foram citadas pelo homem em depoimento na Polícia Civil. O LIBERAL questionou qual foi, então, a justificativa do crime. Porém, o advogado disse que a defesa não vai se manifestar sobre isso até o término das investigações.