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Mercado de Trabalho

Nova Odessa tem a maior taxa de desemprego entre as cidades da RPT

Cidade liderou a estatística nos cinco primeiros meses do ano; comércio e prestação de serviço são as áreas mais afetadas

Por André Rossi

19 de julho de 2020, às 08h47

Nova Odessa registrou a maior taxa de desemprego entre as cidades da RPT (Região do Polo Têxtil) nos cinco primeiros meses do ano. O índice está em 17%, acima do nível de desemprego nacional do último trimestre (março a maio), que foi de 12,9%.

O levantamento é da Acic (Associação Comercial e Industrial de Campinas), com base no cruzamento de dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), PEA (População Economicamente Ativa) e Mão de Obra Ocupada.

Nova Odessa tem 42.368 pessoas com condições de trabalhar. Desse total, 35.254 estão empregados, enquanto 7.114 permanecem desempregados.

Comércio de NO fechado por conta da pandemia: reflexo nos números – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

Segundo o diretor e economista da Acic, Laerte Martins, o fato da cidade ter uma PEA relativamente baixa influencia na estatística. No ano passado, ainda no período de janeiro a maio, o município também liderou a região no nível de desemprego, que era de 13,94%.

“O impacto da Covid-19 provocou uma quantidade de demissões relativamente elevada. A alta no índice de desemprego foi de quase dois pontos percentuais”, afirmou Laerte.

De acordo com a secretária de Desenvolvimento Econômico e Gestão Social da prefeitura, Regina Pocay, a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) impacta “enormemente” nesse resultado.

“Temos que levar em consideração o número de habitantes e o fato também de que muitos desses desempregados que moram aqui em Nova Odessa perderam o emprego em outras cidades. É uma cidade pequena e existe uma tendência das pessoas daqui trabalharem em municípios próximos”, ponderou Regina.

Pelas características da cidade, as maiores perdas de postos de trabalho aconteceram no comércio e no setor de prestação de serviços, segundo a secretária.

“Temos algumas indústrias que não foram afetadas, não mandaram embora. Agora, no comércio e no serviço, vai demandar um tempo para tudo isso voltar ao normal. Temos trabalhado com muito incentivo para que essas pessoas possam se recolocar”, disse Regina.

A segunda maior taxa de desocupação da região neste ano é de  Americana, com 12,83% de desempregados. A população economicamente ativa compreende 160.363 trabalhadores.

Sumaré e Hortolândia registram índice de desemprego de 9,72% e 9,08%, respectivamente. Já Santa Bárbara d’Oeste teve a menor taxa de desemprego na região este ano, com 8,15%.

Vagas
Desde o início do ano, foram fechadas 8.364 vagas de trabalhos na RPT. Segundo o Caged, a cidade com pior resultado é Americana, com 3.072 demissões. O pior mês foi abril, com 5.409 vagas fechadas nas cinco cidades da região.

O saldo do ano é negativo para a indústria (1.595 postos fechados), serviços (que teve perda de 1.128) e comércio (saldo negativo de 627 empregos).

“De um modo geral, para todos os municípios, o segmento com mais demissões foi o de prestação de serviço. Está numa posição bastante desgastada, mandando bastante gente embora”, comentou Laerte.

No total, a RPT soma 69.673 desempregados, o que representa 10,45% da população economicamente ativa.

(Colaborou Marina Zanaki).

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